quinta-feira, 21 de maio de 2009

Incisivo central superior (11 ou 21)

dente absolutamente indispensável na estetica facial e o mais importante na articulação das palavras para a emissão de sons línguo e lábio- dentais.
Como todos os incisivos, tem forma de cunha ou de chave de fenda, para cortar alimentos. Sua face vestibular apresenta dois sulcos rasos de disposição cérvico-incisal, conseqüência da fusão dos lobos de desenvolvimento. Como nos demais incisivos recém-erupcionados, ele exibe borda incisal serrilhada, pela presença de três mamelões, os quais são pequenas eminências que, à semelhança dos sulcos vestibulares,constituem vestígios da separação dos lobos de desenvolvimento. Depois que os incisivos completam a erupção e adquirem uma posição funcional, o uso e a atrição provocam o gradual desaparecimento dessas saliências.
Face vestibular: vista por esta face, a coroa é estreita no terço cervical e larga no terço incisal. Isso significa que as bordas mesial e distal convergem na direção cervical. Mas a borda mesial é mais retilínea e continua em linha com a superfície mesial da raiz. A borda distal é mais convexa, mais inclinada, e ao encontrar a superfície distal da raiz o faz em ângulo.
Na borda incisal, o ângulo mésio-incisal é mais agudo do que o ângulo disto-incisal, que é mais obtuso ou arredondado. Se o mésio-incisal for um pouco arredondado, o disto-incisal será mais ainda. O desgaste excessivo faz desaparecer o arredondamento dos ângulos.
Por causa da inclinação da face distal e do arredondamento do ângulo disto-incisal, a área de contato distal situa-se mais cervicalmente( entre os terços médio e incisal) do que a área de contato mesial, que se situa bem próximo ao ângulo mésio-incisal.
Face lingual: é mais estreita do que a precedente em virtude da convergência das faces mesial e distal para a lingual. Seu terço cervical mostra uma saliência arredondada bem desenvolvida chamada cíngulo. Em seus terços médio e incisal observa-se uma depressão- a fossa lingual - de profundidade variável, dependendo das elevações que a circundam. Limitando a fossa lingual, as cristas marginais mesial e distal também variam em proeminência em diferentes dentes. As cristas marginais são espessas próximo ao cíngulo e vão perdendo espessuras à medida que se aproximam dos ângulos incisais. Com isso, a fossa lingual vai perdendo profundidade ao se aproximar da borda incisal.
O cíngulo tem, às vezes, uma extensão que invade a fossa lingual. Sulcos, fossetas ou forame cego não são comuns nesta face do dente.
Faces de contato: as vistas mesial e distal deste dente ilustram o seu aspecto de cunha. As faces vestibular e lingual convergem acentuadamente na direção incisal. Ambas as faces têm uma inclinação lingual, de modo que a bordo incisal e o ápice da raiz ficam centrados no eixo longitudinal do dente. Como em todos os incisivos, sua face vestibular é convexa, porém, os terços médio e incisal são planos.
Por este ângulo de observação pode-se ver o bisel da borda incisal, que avança pela face lingual, quando há desgaste.
O diâmetro vestíbulo-lingual é grande no terço cervical, diminuindo1mm ou menos junto à linha cervical.
Raiz: tem forma grosseiramente cônica, mas, na realidade, sua secção transversal é triangular com ângulos arredondados, porque é mais larga na vestibular do que na lingual. Corresponde a uma vez e um quarto do comprimento da coroa. O ápice costuma ser rombo e não se desvia muito para a distal.

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