terça-feira, 19 de maio de 2009

resina composta composição quimica basica

Matriz orgânica: é comumente constituída pelo Bis-GMA (bisfenol-A glicidil metecrilato) ou pelo UDMA (uretano dimetacrilato). Esses componentes orgânicos constituiem a parte quimicamente ativa das resinas compostas, pois são esses monômeros que irão estabelecer ligações cruzadas no momento da polimerização, conferindo resistência ao material. Devido ao alto peso molecular, o Bis-GMA e o UDMA são extremamente viscosos à temperatura ambiente, o que dificulta a incorporação de carga à matriz resinosa. Para superar esse problema, os fabricantes adicionam diluentes à base de dimetacrilato com o objetivo de tornar o material fluido para ser utilizado clinicamente. Os principais diluentes empregados são o TEGDMA (trietileno glicol dimetacrilato) e o EDMA (etileno glicol dimetacrilato), os quais reduzem de maneira significativa a viscosidade do Bis-GMA e UDMA. Em contrapartida, a incorporação desses diluentes aumenta a contração de polimerização das resinas compostas. Além dos diluentes, o fabricante incorpora à matriz orgânica um inibidor de polimerização para garantir uma vida útil mais longa ao material. O inibidor mais comumente empregado é a hidroquinona, utilizada em quantidades inferiores a 0,1% em peso. Recentemente, foram introduzidas no mercado resinas compostas (Filtek Z250 e P60, 3M) que apresentam como matriz resinosa o Bis-EMA (bisfenol A polietileno glicol dimetacrilato), o qual segundo o fabricante, possibilita uma redução de contração de polimerização. No futuro, possivelmente os compósitos terão matriz resinosa que apresentará mínima contração de polimerização. (CONCEIÇÃO et al, 2000).
Carga inorgânica: O quartzo foi o primeiro tipo de carga incorporado aos materiais resinosos, sendo utilizado até os dias atuais. Com o aperfeiçoamento dos compósitos odontológicos, outros tipos de carga foram incorporados, como a sílica coloidal e o vidro de fluorsilicato de alumínio. O bário e o estrôncio foram também adicionados para conferir radiopacidade ao material (CONCEIÇÃO et al, 2000). BUSATO (1997) ressalta que seria bom que a fase inorgânica estivesse na maior quantidade possível na matriz porque quando são acrescentadas partículas inorgânicas diminuí-se a contração de polimerização e o coeficiente de expansão térmica, porque são dimensionalmente estáveis. Além disso conferem propriedades físicas desejáveis às resinas como rigidez superficial e maior resistência aos esforços físicos.
Agentes de união: Para que as resinas compostas apresentem um comportamento mecânico satisfatório é necessário que as partículas de carga estejam unidas de maneira estável à matriz orgânica. A união entre essa e as partículas de carga é realizada às expensas de um silano. Os silanos são moléculas que possuem a capacidade de se unir quimicamente à superfície da carga, bem como à matriz orgânica, propiciando uma interface adesiva bastante confiável. A utilização desses agentes permite que a resina composta atue como uma unidade quando submetida a tensões , as quais são dissipadas ao longo da interface adesiva criada pelo silano. A introdução destes agentes superou o antigo problema da falta de união matriz/carga, o que propiciava a formação de sítios de iniciação de fraturas, os quais comprometiam a longevidade clínica do material.
Iniciadores: São agentes que, quando ativados, desencadeiam a reação de polimerização das resinas compostas. Nos compósitos quimicamente ativados, quando as pastas base e catalisadora são misturadas, a amina terciária segmenta o peróxido de benzoíla, dando início ao processo autopolimerização. Nas resinas compostas fotoplimerizáveis o uso de luz visível com comprimento de onda em torno de 470 nm ativa a canforoquinona (iniciador), propiciando a formação de radiacis livres que irão causar a polimerização.

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