quinta-feira, 21 de maio de 2009

Incisivo central superior (11 ou 21)

dente absolutamente indispensável na estetica facial e o mais importante na articulação das palavras para a emissão de sons línguo e lábio- dentais.
Como todos os incisivos, tem forma de cunha ou de chave de fenda, para cortar alimentos. Sua face vestibular apresenta dois sulcos rasos de disposição cérvico-incisal, conseqüência da fusão dos lobos de desenvolvimento. Como nos demais incisivos recém-erupcionados, ele exibe borda incisal serrilhada, pela presença de três mamelões, os quais são pequenas eminências que, à semelhança dos sulcos vestibulares,constituem vestígios da separação dos lobos de desenvolvimento. Depois que os incisivos completam a erupção e adquirem uma posição funcional, o uso e a atrição provocam o gradual desaparecimento dessas saliências.
Face vestibular: vista por esta face, a coroa é estreita no terço cervical e larga no terço incisal. Isso significa que as bordas mesial e distal convergem na direção cervical. Mas a borda mesial é mais retilínea e continua em linha com a superfície mesial da raiz. A borda distal é mais convexa, mais inclinada, e ao encontrar a superfície distal da raiz o faz em ângulo.
Na borda incisal, o ângulo mésio-incisal é mais agudo do que o ângulo disto-incisal, que é mais obtuso ou arredondado. Se o mésio-incisal for um pouco arredondado, o disto-incisal será mais ainda. O desgaste excessivo faz desaparecer o arredondamento dos ângulos.
Por causa da inclinação da face distal e do arredondamento do ângulo disto-incisal, a área de contato distal situa-se mais cervicalmente( entre os terços médio e incisal) do que a área de contato mesial, que se situa bem próximo ao ângulo mésio-incisal.
Face lingual: é mais estreita do que a precedente em virtude da convergência das faces mesial e distal para a lingual. Seu terço cervical mostra uma saliência arredondada bem desenvolvida chamada cíngulo. Em seus terços médio e incisal observa-se uma depressão- a fossa lingual - de profundidade variável, dependendo das elevações que a circundam. Limitando a fossa lingual, as cristas marginais mesial e distal também variam em proeminência em diferentes dentes. As cristas marginais são espessas próximo ao cíngulo e vão perdendo espessuras à medida que se aproximam dos ângulos incisais. Com isso, a fossa lingual vai perdendo profundidade ao se aproximar da borda incisal.
O cíngulo tem, às vezes, uma extensão que invade a fossa lingual. Sulcos, fossetas ou forame cego não são comuns nesta face do dente.
Faces de contato: as vistas mesial e distal deste dente ilustram o seu aspecto de cunha. As faces vestibular e lingual convergem acentuadamente na direção incisal. Ambas as faces têm uma inclinação lingual, de modo que a bordo incisal e o ápice da raiz ficam centrados no eixo longitudinal do dente. Como em todos os incisivos, sua face vestibular é convexa, porém, os terços médio e incisal são planos.
Por este ângulo de observação pode-se ver o bisel da borda incisal, que avança pela face lingual, quando há desgaste.
O diâmetro vestíbulo-lingual é grande no terço cervical, diminuindo1mm ou menos junto à linha cervical.
Raiz: tem forma grosseiramente cônica, mas, na realidade, sua secção transversal é triangular com ângulos arredondados, porque é mais larga na vestibular do que na lingual. Corresponde a uma vez e um quarto do comprimento da coroa. O ápice costuma ser rombo e não se desvia muito para a distal.

Incisivo lateral superior( 12 ou 22 )

pela sua forma, lembra o incisivo central. No entanto, é menor em todas as dimensões, com exceção do comprimento da raiz.
Face vestibular: por ser mais estreita que a do incisivo central, a coroa do incisivo lateral tem convexidade mais acentuada no sentido mésio-distal. As bordas mesial e distal são mais convergentes e os ângulos mésio e disto-incisal, mais arredondados, principalmente este último. Isto torna a borda incisal bem inclinada para a distal. As áreas de contato são mais distantes de incisal do que no incisivo central.
Face lingual: tem os mesmos elementos arquitetônicos do incisivo central, porém, com cristas marginais geralmente mais salientes e ossa lingual mais profunda. O cíngulo, apesar de alto e bem formado, é mais estreito. Entre o cíngulo e a fossa lingual surge freqüentemente uma depressão em forma de fosseta, o forame cego.
Faces de contato: são muito parecidas com as do incisivo central, mas a menor dimensão vestíbulo-lingual ao nível do terço cervical faz com que a linha cervical seja de curva mais fechada. A borda incisal coincide com o longo eixo do dente.
Raiz: é proporcionalmente mais longa que a do central. Corresponde a uma vez e meia o comprimento da coroa. Na realidade, o comprimento da raiz se equivale em ambos os dentes. Comparando ainda com a raiz do incisivo central, ela é mais afilada, mais achatada no sentido mésio-distal e seu terço apical é mais desviado para a distal.

Incisivo central inferior ( 31 ou 41 )

é o menor e mais simétrico dente da dentição permanente humana. Seus elementos anatômicos, como sulcos e cristas, são os menos evidentes.
Face vestibular: sua largura corresponde a dois terços da largura da mesma face do incisivo central superior. É convexa no terço cervical, mas torna-se plana nos terços médio e incisal.
As bordas mesial e distal encontram a borda incisal em ângulos quase retos, muito pouco ou nada arredondados. As áreas de contato estão no mesmo nível, muito próximas desses ângulos. O desgaste da borda incisal provoca a inclinação desta para a mesial, isto é, há maior desgaste próximo ao ângulo mésio-incisal, numa oclusão normal. As bordas mesial e distal convergem para o colo mas não muito acentuadamente; elas tendem ao paralelismo mais do que em qualquer outro incisivo.
Face lingual: a face lingual, levemente côncava, é menor que a vestibular em razão da convergência das faces de contato para a lingual e para a cervical. Isto lhe dá um contorno tendendo para triangular. O cíngulo é baixo e as cristas marginais são dificilmente perceptíveis. Isto faz com que a fossa lingual seja apenas uma leve depressão.
Faces de contato: as faces mesial e distal são triangulares, ou seja, relativamente espessas no terço cervical com perda de espessura à medida que as faces vestibular e lingual convergem para a borda incisal. Esta borda está deslocada para a lingual em relação ao longo eixo do dente. Os dois terços incisais da coroa aparecem, então, inclinados para o lado lingual em relação à raiz.
As faces mesial e distal são planas, ou quase planas, nos terços médio e cervical e convexa no terço incisal. Nelas,a linha cervical descreve uma curva bem fechada, que se estende incisalmente até um terço do comprimento da coroa e é mais fechada ainda no lado mesial.
Por esse ângulo de observação pode-se ver o contorno arredondado da borda incisal. Após o desgaste, identifica-se uma forma de bisel(semelhante a um cinzel) na borda incisal, que se estende pela face vestibular.
Raiz: a raiz é retilínea, sem inclinação para qualquer lado, e muito achatada mésio-distalmente. Isso a torna larga no sentido vestíbulo-lingual, com sulcos longitudinais evidentes, sendo o distal o mais profundo dos dois. Num corte transversal, a raiz mostra-se oval, com dimensão vestibular maior do que a lingual.

Incisivo lateral inferior (32 ou 42)

é muito parecido com o incisivo central inferior, mas ligeiramente maior em todas as dimensões da coroa e da raíz. Até a borda incisal é um pouco mais larga.
Face vestibular: vista por vestibular, a coroa do incisivo lateral difere da do central por apresentar as bordas mesial e distal mais inclinadas ( mais convergentes), o que lhe dá um aspecto tendente a triangular. Além disso, a borda mesial é ligeiramente mais alta que a distal; o desgaste acentua essa diferença, provocando grande inclinação no sentido cervical, de mesial para distal.
O ângulo disto-incisal é mais arredondado e obtuso. Todos esses detalhes fazem com que a área de contato distal esteja um pouco mais deslocada para a cervical em relação à área de contato mesial.
Face lingual: por esta vista são observados os mesmos aspectos citados na vista vestibular.
Faces de contato: a diferença mais significativa entre ambos os incisivos inferiores é a projeção lingual do ângulo disto-incisal. A borda incisal não está em perfeita linha reta, isto é, não corta o diâmetro vestíbulo-lingual em ângulos retos. Ao contrário, ela é girada disto-lingualmente, de tal forma que o ângulo disto-incisal fique em posição mais lingual que o ângulo mésio-incisal. Este detalhe pode ser mais bem observado pela vista incisal do dente. O cíngulo também acompanha essa rotação, pois sua maior proeminência fica ligeiramente distal em relação ao longo eixo do dente. A rotação da borda incisal corresponde á curvatura do arco dental.
Raiz: comparando-se com a raiz do central, ela é mais longa, mais robusta, com sulcos mais profundos, principalmente o distal, e é geralmente desviada para a distal.

Canino superior (13 ou 23)

é o mais longo dos dentes. A coroa tem o mesmo comprimento da coroa do incisivo central superior, mas a raiz é bem mais longa. A forma da coroa dá ao canino um aspecto de força e robustez.
Face vestibular: visto por vestibular, difere dos incisivos por ter uma coroa de contorno pentagonal e não quadrangular. Isto se deve à presença de uma cúspide na borda incisal, que a divide em duas inclinações. O segmento mesial da aresta longitudinal é mais curto e menos inclinado. O maior e mais pronunciado segmento distal torna o ângulo disto-incisal mais arredondado e mais deslocado para a cervical do que o ângulo mésio-distal.
As bordas mesial e distal convergem para o colo; a convergência d a borda distal é acentuada. A borda mesial é mais alta e mais plana do que a borda distal, que é mais baixa e mais arredondada. As áreas de contato estão em níveis diferentes; a posição da área de contato distal é mais cervical( no terço médio).
A face vestibular tem no centro uma elevação longitudinal em forma de crista que termina na ponta da cúspide. É acompanhada de cada lado por sulcos rasos, que dão um aspecto trilobado à face, sendo que o lobo central é o mais proeminente.
A cúspide está alinhada com o longo eixo do canino, isto é, o eixo passa pelo ápice da raiz, corta todo o dente e alcança o vértice da cúspide.
Toda a face vestibular é bastante convexa. Quando vista por incisal por inicial, seu contorno convexo mésio-distal mostra uma particularidade própria dos caninos(superior e inferior): a metade mesial é mais convexa, mais proeminente e mais projetada para a vestibular do que a metade distal.
Face lingual: tem a mesma silhueta da face vestibular, mas é mais estreita, principalmente no terço cervical, devido à convergência pronunciada das faces de contato para a lingual e para a cervical. As cristas marginais e o cíngulo são bem desenvolvidos no canino superior. O cíngulo é especialmente robusto, lembrando uma pequena cúspide. Freqüentemente, está unido à cúspide por uma crista cérvico-incisal, semelhante àquela da face vestibular. Quando presente, esta crista lingual divide a fossa lingual, que já é rasa, em uma mesial e outra distal, mais rasas ainda. Algumas vezes, a face lingual é lisa, sem a presença de crista ou fossa.
Faces de contorno: as faces mesial e distal são triangulares, lisas e convexas em todos os sentidos. A face mesial é maior e mais plana. Comparando com os incisivos, o canino é bem mais espesso vestíbulo-lingualmente; a linha cervical tem uma curva mais aberta e a borda vestibular é mais convexa. Quando desgastada, a borda incisal mostra um plano inclinado em direção lingual.
Raiz: é cônica, fortíssima. Longa( pode chegar ao dobro do comprimento da coroa) e reta, raramente se desvia acentuadamente para a distal. Seccionada transversalmente, tem aspectos oval, com maior diâmetro vestibular. É sulcada longitudinalmente nas superfícies mesial e distal.

Canino inferior( 33 ou 43)

em comparação com o canino superior, o canino inferior tem a coroa mais longa e estreita. Na realidade, ela habitualmente é só um pouco mais longa, mas a sua reduzida dimensão mésio-distal dá-lhe a aparência de coroa bem alta.
Face vestibular: por ser um dente mais estreito que o canino superior, sua face vestibular é mais convexa, mas não tem a crista cérvico-incisal tão marcada. Os sulcos de desenvolvimento são apenas vestigiais. A borda mesial é mais alta que a distal, mais retilínea, e continua alinhada com a superfície mesial da raiz. Como o dente é mais estreito, a convergência dessas bordas para a cervical é menor em relação ao canino superior.
Tal como no hormônio superior, a coroa não tem simetria bilateral, porque o segmento mesial da aresta longitudinal da cúspide é menor e menos inclinado (quase horizontal) que o distal. Os ângulos mésio-incisal e disto-incisal e as áreas de contato se dispõem como no canino superior.
Dividindo-se a face vestibular ao meio, nota-se que a metade distal é mais larga e prolonga-se no sentido distal. Por outro lado, a metade mesial é mais robusta e se proteja vestibularmente, como no canino superior. Verifica-se esse detalhe posicionando corretamente o dente, de tal modo que a linha de visão coincida com o longo eixo, a partir do vértice da cúspide.
Face lingual: em contraste com o canino superior, nem o cíngulo nem as cristas marginais são bem marcados. Também não há crista que una o cíngulo à cúspide. Sua forma acompanha, assim, a dos incisivos inferiores, com uma fossa lingual pouco escavada.
Faces de contato: por esta vista, a borda vestibular é menos convexa que a do canino superior. O diâmetro vestíbulo-lingual também é menor.
O vértice da cúspide está centrado sobre a raiz. Quando há desgaste, percebe-se por esta vista um plano inclinado invadindo a face vestibular a partir da cúspide. A propósito, os desgastes acentuados tornam a borda incisal quase reta e o dente fica parecendo um incisivo lateral superior pelo aspecto da coroa.
Raiz: é 1 ou 2mm mais curta que a do canino superior e bastante achatada no sentido mésio-distal. Suas superfícies mesial e distal são sulcadas longitudinalmente, particularmente a distal. A raiz inclina-se freqüentemente para a distal, ou pelo menos seu terço apical.

Primeiro pré-molar superior(14 ou 24)

o primeiro pré-molar superior tem três exemplares vistos pelas faces vestibular, lingual e mesial.
Faces vestibular: esta face é semelhante à do canino superior, apesar de ser um quarto menor e ter seus sulcos e convexidades menos desenvolvidos. A única grande diferença no formato é o segmento mesial da aresta longitudinal da cúspide, mais longo que o segmento distal da mesma cúspide. No canino, dá-se o contrário. Aliás, em ambos os caninos e em todos os outros pré-molares dá-se o contrário.
Face lingual: tem o mesmo contorno da face vestibular, mas é mais lisa, convexa e menor que em todas as dimensões. Por ser menor, o contorno da face vestibular pode ser visualizado pelo aspecto lingual.
O segmento distal da aresta longitudinal da cúspide lingual é maior que o mesial. Desse modo, o vértice da cúspide acha-se deslocado para a mesial em relação ao ponto médio da coroa. Esta é uma característica diferencial forte do primeiro pré-molar superior.
Faces de contanto: as bordas vestibular e lingual das faces de contato são quase paralelas, mais ainda assim convergem para a oclusal. A borda lingual é mais convexa e inclinada; nela, a maior projeção lingual situa-se no terço médio. Na borda vestibular, a maior projeção fica entre os terços cervical e médio.
As cúspides, vistas pelas faces de contato, ficam com seus vértices projetados dentro do contorno das raízes, isto é, a distância de um vértice da cúspide ao outro é menor do que a maior distância vestíbulo-lingual da raiz. A cúspide vestibular, além de ser a mais volumosa, é cerca de 1mm mais alta.
A linha cervical, de ambos os lados, é em curva bem aberta. Ao seu nível, no lado mesial, há uma depressão característica; ela ocupa o terço cervical da coroa e invade parte da raiz. A face distal é toda convexa, não tendo depressão no terço cervical. Outra diferença marcante entre as faces mesial e distal é a presença constante do prolongamento do sulco principal da face oclusal, que cruza a crista marginal mesial. Sulco similar no lado distal é muito raro.
Face oclusal: tem forma pentagonal porque a borda vestibular é nitidamente dividida em mésio-vestibular e disto-vestibular.
Pela vista oclusal tem-se uma melhor idéia da forma, tamanho e posição das cúspides.
Por ser a fosseta formada pela reunião de três sulcos, autores da língua inglesa a denominam “fossa triangular”.
Raiz: o primeiro pré-molar superior geralmente tem duas raízes cônicas de inclinação distal, sendo uma vestibular, maior e outra lingual, menor. Algumas vezes se apresentam fusionadas, com uma linha demarcatória bem nítida entre elas, podendo ou não haver bifurcação apical. São cerca de 3 a 4 milímetros mais curtas que a raiz do canino superior. Em 2% dos casos, a raiz vestibular é dividida em duas, tornando o dente trirradicular.

Segundo pré-molar superior(15 ou 25)

a coroa é similar à do primeiro pré-molar, mas é menor em todos os sentidos, alem de ter os elementos descritivos(elevações e depressões) menos marcados. Seus ângulos, mais arredondados, dão às faces vestibular e lingual um aspecto ovóide e não angular.
É um dente mais simétrico, no qual as cúspides são aproximadamente do mesmo tamanho( a vestibular ainda é ligeiramente maior); os segmentos das arestas longitudinais não têm predomínio de extensão um sobre o outro; o vértice da cúspide lingual não está tão deslocado para a mesial; não há sulco interrompendo a crista marginal mesial e nem há depressão no terço cervical da face mesial.
Face oclusal: o contorno da face oclusal é oval ou circular e não pentagonal. O sulco primário é central e não deslocado para a lingual como no primeiro pré-molar. O vértice da cúspide lingual encontra-se alinhado com o ponto médio da coroa. A diferença entre as cristas marginais é menos acentuada. O diâmetro mesio-distal do lado lingual não é muito menor do que do lado vestibular(são quase iguais).
Uma característica marcante do segundo pré-molar superior é a pequena extensão do sulco principal no centro da coroa. As fossetas mesial e distal estão mais próximas entre si. Às vezes, estão tão próximas que o sulco passa a ser muito curto, a ponto de se transformar em uma fosseta central. Outra característica é a presença de muitos sulcos secundários, que dão à face oclusal uma aparência enrugada.
Raiz: a raiz única(90% dos casos) é muito achatada mésio-distalmente, com profundos sulcos longitudinais que dão à sua secção transversal a forma de um haltere. Quando não muito profundos, a secção é oval. O terço apical desvia-se distalmente na maioria das vezes.
O comprimento das raízes de ambos os pré-molares superiores se equivale.

Primeiro pré-molar inferior(34 ou 44)

o primeiro pré-molar inferior tem três exemplares vistos pelas faces vestibular, lingual e mesial.
Face vestibular: a face vestibular lembra a do canino, se bem que é menos alta. É bilateralmente simétrica, com a cúspide situada sobre o longo eixo do dente, o que equivale dizer que os segmentos mesial e distal da aresta longitudinal são de mesmo tamanho. Não raro, há assimetria e, então, o segmento mesial é um pouco menor e menos inclinado; conseqüentemente, o vértice da cúspide se desvia para a mesial.
As áreas de contato mesial e distal estão em um mesmo nível, entre os terços oclusal e médio. Ocasionalmente, a área de contato distal está em posição um pouco mais oclusal. A partir dessas áreas, as faces mesial e distal convergem com acentuada obliqüidade para o colo.
A face vestibular é lisa, convexa e inclinada para a lingual.
Face lingual: é bem menor que a vestibular devido à acentuada convergência das faces mesial e distal em direção línguo-cervical e às pequenas dimensões da cúspide lingual. Desse modo, pelo aspecto lingual do dente vê-se quase toda a face oclusal, e isto é ainda facilitado pelo fato de toda a coroa ser inclinada para a lingual. O único acidente anatômico da face lingual é um pequeno sulco proveniente da fosseta mesial da face oclusal, poucas vezes ausente. Ele separa a cúspide lingual da crista marginal mesial.
Faces de contato: observando-se o dente por mesial ou por distal, nota-se a forte convexidade da face vestibular, sua inclinação para a lingual e a saliência do terço cervical, que é a bossa vestibular. Com a inclinação lingual, o vértice da cúspide vestibular coincide com o longo eixo do dente. A face lingual não se inclina muito, sendo quase vertical.
A crista marginal mesial é mais cervical em posição do que a distal e também mais inclinada da vestibular para a lingual.
Face oclusal: o aspecto oclusal do dente é ovóide, com pólo maior na vestibular. As bordas mesial e distal convergem para a lingual.
A cúspide vestibular domina a face oclusal; seu vértice se encontra no centro dessa face.
As cúspides vestibular e lingual são quase sempre unidas por uma ponte de esmalte, que limita de cada lado uma fosseta. A fosseta distal é maior que a mesial e fica em uma posição mais lingual em relação à fosseta mesial, que é mais deslocada para a vestibular.
Algumas vezes, a ponte de esmalte é cruzada por um sulco central mésio-distal em forma de arco com concavidade vestibular. É o sulco principal, em cujas extremidades se encontram as fossetas mesial e distal.
Raiz: é achatada mésio-distalmente e, em secção transversal, é oval. Sulcos longitudinais pouco profundos e às vezes quase imperceptíveis marcam a superfície mesial da raiz. Entretanto, um entre quatro dentes apresenta um sulco mesial profundo, em forma de fenda, que não raro promove até bifurcação apical.
Vista por vestibular, a raiz encurva-se um pouco para a distal.

Primeiro pré-molar inferior(34 ou 44)

o primeiro pré-molar inferior tem três exemplares vistos pelas faces vestibular, lingual e mesial.
Face vestibular: a face vestibular lembra a do canino, se bem que é menos alta. É bilateralmente simétrica, com a cúspide situada sobre o longo eixo do dente, o que equivale dizer que os segmentos mesial e distal da aresta longitudinal são de mesmo tamanho. Não raro, há assimetria e, então, o segmento mesial é um pouco menor e menos inclinado; conseqüentemente, o vértice da cúspide se desvia para a mesial.
As áreas de contato mesial e distal estão em um mesmo nível, entre os terços oclusal e médio. Ocasionalmente, a área de contato distal está em posição um pouco mais oclusal. A partir dessas áreas, as faces mesial e distal convergem com acentuada obliqüidade para o colo.
A face vestibular é lisa, convexa e inclinada para a lingual.
Face lingual: é bem menor que a vestibular devido à acentuada convergência das faces mesial e distal em direção línguo-cervical e às pequenas dimensões da cúspide lingual. Desse modo, pelo aspecto lingual do dente vê-se quase toda a face oclusal, e isto é ainda facilitado pelo fato de toda a coroa ser inclinada para a lingual. O único acidente anatômico da face lingual é um pequeno sulco proveniente da fosseta mesial da face oclusal, poucas vezes ausente. Ele separa a cúspide lingual da crista marginal mesial.
Faces de contato: observando-se o dente por mesial ou por distal, nota-se a forte convexidade da face vestibular, sua inclinação para a lingual e a saliência do terço cervical, que é a bossa vestibular. Com a inclinação lingual, o vértice da cúspide vestibular coincide com o longo eixo do dente. A face lingual não se inclina muito, sendo quase vertical.
A crista marginal mesial é mais cervical em posição do que a distal e também mais inclinada da vestibular para a lingual.
Face oclusal: o aspecto oclusal do dente é ovóide, com pólo maior na vestibular. As bordas mesial e distal convergem para a lingual.
A cúspide vestibular domina a face oclusal; seu vértice se encontra no centro dessa face.
As cúspides vestibular e lingual são quase sempre unidas por uma ponte de esmalte, que limita de cada lado uma fosseta. A fosseta distal é maior que a mesial e fica em uma posição mais lingual em relação à fosseta mesial, que é mais deslocada para a vestibular.
Algumas vezes, a ponte de esmalte é cruzada por um sulco central mésio-distal em forma de arco com concavidade vestibular. É o sulco principal, em cujas extremidades se encontram as fossetas mesial e distal.
Raiz: é achatada mésio-distalmente e, em secção transversal, é oval. Sulcos longitudinais pouco profundos e às vezes quase imperceptíveis marcam a superfície mesial da raiz. Entretanto, um entre quatro dentes apresenta um sulco mesial profundo, em forma de fenda, que não raro promove até bifurcação apical.
Vista por vestibular, a raiz encurva-se um pouco para a distal.

Primeiro pré-molar inferior(34 ou 44)

o primeiro pré-molar inferior tem três exemplares vistos pelas faces vestibular, lingual e mesial.
Face vestibular: a face vestibular lembra a do canino, se bem que é menos alta. É bilateralmente simétrica, com a cúspide situada sobre o longo eixo do dente, o que equivale dizer que os segmentos mesial e distal da aresta longitudinal são de mesmo tamanho. Não raro, há assimetria e, então, o segmento mesial é um pouco menor e menos inclinado; conseqüentemente, o vértice da cúspide se desvia para a mesial.
As áreas de contato mesial e distal estão em um mesmo nível, entre os terços oclusal e médio. Ocasionalmente, a área de contato distal está em posição um pouco mais oclusal. A partir dessas áreas, as faces mesial e distal convergem com acentuada obliqüidade para o colo.
A face vestibular é lisa, convexa e inclinada para a lingual.
Face lingual: é bem menor que a vestibular devido à acentuada convergência das faces mesial e distal em direção línguo-cervical e às pequenas dimensões da cúspide lingual. Desse modo, pelo aspecto lingual do dente vê-se quase toda a face oclusal, e isto é ainda facilitado pelo fato de toda a coroa ser inclinada para a lingual. O único acidente anatômico da face lingual é um pequeno sulco proveniente da fosseta mesial da face oclusal, poucas vezes ausente. Ele separa a cúspide lingual da crista marginal mesial.
Faces de contato: observando-se o dente por mesial ou por distal, nota-se a forte convexidade da face vestibular, sua inclinação para a lingual e a saliência do terço cervical, que é a bossa vestibular. Com a inclinação lingual, o vértice da cúspide vestibular coincide com o longo eixo do dente. A face lingual não se inclina muito, sendo quase vertical.
A crista marginal mesial é mais cervical em posição do que a distal e também mais inclinada da vestibular para a lingual.
Face oclusal: o aspecto oclusal do dente é ovóide, com pólo maior na vestibular. As bordas mesial e distal convergem para a lingual.
A cúspide vestibular domina a face oclusal; seu vértice se encontra no centro dessa face.
As cúspides vestibular e lingual são quase sempre unidas por uma ponte de esmalte, que limita de cada lado uma fosseta. A fosseta distal é maior que a mesial e fica em uma posição mais lingual em relação à fosseta mesial, que é mais deslocada para a vestibular.
Algumas vezes, a ponte de esmalte é cruzada por um sulco central mésio-distal em forma de arco com concavidade vestibular. É o sulco principal, em cujas extremidades se encontram as fossetas mesial e distal.
Raiz: é achatada mésio-distalmente e, em secção transversal, é oval. Sulcos longitudinais pouco profundos e às vezes quase imperceptíveis marcam a superfície mesial da raiz. Entretanto, um entre quatro dentes apresenta um sulco mesial profundo, em forma de fenda, que não raro promove até bifurcação apical.
Vista por vestibular, a raiz encurva-se um pouco para a distal.

Primeiro pré-molar inferior(34 ou 44)

o primeiro pré-molar inferior tem três exemplares vistos pelas faces vestibular, lingual e mesial.
Face vestibular: a face vestibular lembra a do canino, se bem que é menos alta. É bilateralmente simétrica, com a cúspide situada sobre o longo eixo do dente, o que equivale dizer que os segmentos mesial e distal da aresta longitudinal são de mesmo tamanho. Não raro, há assimetria e, então, o segmento mesial é um pouco menor e menos inclinado; conseqüentemente, o vértice da cúspide se desvia para a mesial.
As áreas de contato mesial e distal estão em um mesmo nível, entre os terços oclusal e médio. Ocasionalmente, a área de contato distal está em posição um pouco mais oclusal. A partir dessas áreas, as faces mesial e distal convergem com acentuada obliqüidade para o colo.
A face vestibular é lisa, convexa e inclinada para a lingual.
Face lingual: é bem menor que a vestibular devido à acentuada convergência das faces mesial e distal em direção línguo-cervical e às pequenas dimensões da cúspide lingual. Desse modo, pelo aspecto lingual do dente vê-se quase toda a face oclusal, e isto é ainda facilitado pelo fato de toda a coroa ser inclinada para a lingual. O único acidente anatômico da face lingual é um pequeno sulco proveniente da fosseta mesial da face oclusal, poucas vezes ausente. Ele separa a cúspide lingual da crista marginal mesial.
Faces de contato: observando-se o dente por mesial ou por distal, nota-se a forte convexidade da face vestibular, sua inclinação para a lingual e a saliência do terço cervical, que é a bossa vestibular. Com a inclinação lingual, o vértice da cúspide vestibular coincide com o longo eixo do dente. A face lingual não se inclina muito, sendo quase vertical.
A crista marginal mesial é mais cervical em posição do que a distal e também mais inclinada da vestibular para a lingual.
Face oclusal: o aspecto oclusal do dente é ovóide, com pólo maior na vestibular. As bordas mesial e distal convergem para a lingual.
A cúspide vestibular domina a face oclusal; seu vértice se encontra no centro dessa face.
As cúspides vestibular e lingual são quase sempre unidas por uma ponte de esmalte, que limita de cada lado uma fosseta. A fosseta distal é maior que a mesial e fica em uma posição mais lingual em relação à fosseta mesial, que é mais deslocada para a vestibular.
Algumas vezes, a ponte de esmalte é cruzada por um sulco central mésio-distal em forma de arco com concavidade vestibular. É o sulco principal, em cujas extremidades se encontram as fossetas mesial e distal.
Raiz: é achatada mésio-distalmente e, em secção transversal, é oval. Sulcos longitudinais pouco profundos e às vezes quase imperceptíveis marcam a superfície mesial da raiz. Entretanto, um entre quatro dentes apresenta um sulco mesial profundo, em forma de fenda, que não raro promove até bifurcação apical.
Vista por vestibular, a raiz encurva-se um pouco para a distal.

Segundo pré-molar inferior(35 ou 45)

a coroa desse dente é mais volumosa que a do primeiro pré-molar inferior, e notabiliza-se por possuir uma cúspide lingual de proporções bem maiores. As diferenças anatômicas entre as coroas dos pré-molares inferiores são bem maiores do que as dos superiores.
Face vestibular: iniciando uma comparação com seu vizinho mesial, nota-se que as faces vestibulares são semelhantes, mas no segundo pré-molar inferior a cúspide vestibular é menos pontiaguda, com sua aresta longitudinal mais horizontalizada. As bordas mesial e distal são menos convergentes para o colo. A área de contato mesial fica em um nível ligeiramente mais alto.
Tal como no primeiro pré-molar, a face vestibular inclina-se para a lingual, principalmente os seus terços médio e oclusal.
Face lingual: essa é mais larga no segundo pré-molar, podendo ser tão larga quanto a face vestibular. A cúspide lingual é central ou um pouco deslocada para a mesial. Há constante depressão entre a cúspide e a crista marginal distal. A cúspide lingual é, muitas vezes, dividida em duas cúspides subsidiárias: uma mesial, maior, outra distal, menor. O sulco que as separa é, portanto, mais distal. Ele avança sobre a face lingual em pequena extensão.
Faces de contato: das faces de contato, a mesial é mais alta e larga. Como a cúspide lingual é proporcionalmente maior neste dente, a convergência das bordas vestibular e lingual para a oclusal é menos aguda do que no primeiro pré-molar inferior.
O vértice da cúspide vestibular cai alinhado coma superfície cai alinhado no centro do dente. Em conseqüência, depende-se que a face vestibular tem grande inclinação para a lingual. O vértice da cúspide lingual fica alinhado com a superfície lingual da raiz.
Face oclusal: a face oclusal tem um contorno circular por causa das grandes dimensões da cúspide e da face lingual. Mesmo assim, as bordas mesial e distal com as respectivas cristas marginais tendem a convergir para a lingual.
Os padrões morfológicos da face oclusal são muito variáveis e a combinação deles já permitiu catalogá-los em 242 formas diferentes. As duas formas gerais mais comuns são a bicuspidada e a tricuspidada.
Raiz: é aproximadamente cônica; oval em secção transversal; com sulcos longitudinais muito pouco pronunciados.
Vista por vestibular, a raiz exibe um desvio distal.

molares superiores

Primeiro molar superior (16 ou 26): a coroa do primeiro molar é da mesma altura da coroa dos pré-molares do mesmo arco, mas é duas vezes mais larga.
Face vestibular: seu contorno é trapezoidal de grande base oclusal. Os lados mesial e distal do trapézio convergem a partir das áreas de contato em direção cervical. A área de contato mesial fica entre os terços médio e oclusal e a distal no terço médio. Conseqüentemente, a borda mesial é mais alta, alem de ser mais reta, menos convexa.
Face lingual: sua silhueta é a mesma da vestibular, com a diferença de que é maior. Contrariando a regra geral, o primeiro molar superior tem a face lingual da coroa mais larga que a vestibular.
Faces de contato: são retangulares; mais largas vestíbulo-lingualmente do que altas cérvico-oclusalmente. A face distal é convexa e a mesial achatada, quase plana. A face mesial é maior em todas as dimensões e isto permite que, em uma vista distal, o contorno da face mesial seja distinguido. As bordas vestibular e lingual convergem para a oclusal.
Face oclusal: seu contorno é losângico; os ângulos agudos são o mésio-vestibular e disto-lingual, e os ângulos obtusos são o mésio-lingual e o disto-vestibular. Desta maneira, a longa diagonal estende-se de mésio-vestibular a disto-lingual e a curta, de mésio-lingual a disto-vestibular.
Raiz: as raízes vestibulares são achatadas mésio-distalmente e a raiz mésio-vestibular é bem mais larga do que a disto-vestibular. Elas divergem muito pouco do eixo do dente e são mais ou menos paralelas entre si. O terço apical dessas raízes muitas vezes se curva um em direção ao outro, outras vezes ambos se desviam um pouco para a distal.
As três raízes não se fusionam. Estão sempre bem separadas um das outras.
Segundo molar superior(17 ou 27): é menor que o primeiro molar em todas as dimensões. Quando visto por vestibular, nota-se que a cúspide disto- vestibular é muito menor do que a mésio-vestibular; no primeiro molar ela é apenas menor. A grande diferença de tamanho faz com que a borda oclusal se incline cervicalmente de mesial para distal. O sulco que separa essas cúspides é menor e raramente termina em fosseta.
Face lingual: a cúspide disto-lingual é mais reduzida em tamanho do que aquela do primeiro molar. Esta redução pode ser muito grande e não raramente há completo desaparecimento dela. O sulco lingual, que separa as cúspides linguais, é mais curto e menos profundo. Não há tubérculo de Carabelli.
Faces de contato: são basicamente da mesma forma encontrada no primeiro molar, com a diferença de que não há tubérculo de Carabelli presente.
Face oclusal: comparando-se com o primeiro molar, nota-se na face oclusal sensível modificação ditada pelo contorno: por ser a cúspide disto-lingual bem menor, a borda lingual desta face é menor que a borda vestibular. Portanto, as bordas mesial e distal convergem para a lingual e não para a vestibular. Nos casos em que falta a cúspide disto-lingual, a convergência é muito mais acentuada e a face oclusal passa a ter um contorno triangular.
Raiz: as três raízes são um pouco menores, mais curtas e menos divergentes do que as do primeiro molar. As raízes vestibulares são paralelas, muito próximas, e se inclinam para a distal. Coalescência de duas raízes não é incomum, principalmente da mésio-vestibular com a lingual.
Terceiro molar superior(18 ou 28): este dente tem aspectos morfológicos muito variáveis, mais do que qualquer outro dente. As modificações geralmente levam a uma simplificação na coroa e na raiz, pela diminuição do número de cúspides e raízes. No todo, é o menor dos molares.
A forma da coroa lembra aquela do segundo molar tricuspidado, com a face oclusal de contorno triangular. Quando a cúspide disto-lingual está presente, é muito pequenas. Sua face oclusal costuma ser caracterizada por numerosos sulcos secundários, que lhe dão uma aparência enrugada.
As formas do terceiro molar superior são tão variáveis que em alguns exemplares é difícil identificar exatamente as suas cúspides. Algumas vezes, a complexidade da morfologia reside no aumento do número de cúspides e no confuso sistema de sulcos. Há casos de uma simplificação tão acentuada que a coroa fica reduzida a um pequeno cone.
As raízes são as mesmas em número e em situação, como nos outros molares superiores. Ainda que possam se apresentar separadas, é muito comum a coalescência de duas raízes ou mesmo das três, formando, nesse caso, uma massa única que se afila em direção apical. Evidencias dessas coalescencias estão presentes em forma de sulcos longitudinais.

molares inferiores

Primeiro molar inferior(36 ou 46): é o maior dente da boca. Sua coroa é alongada em contraste com a coroa dos molares superiores, que não tem predominância de dimensões.
Face vestibular: a face vestibular é muito convexa no terço cervical. Os dois terços restantes são mais planos e muito inclinados para a lingual.
Face lingual: a face lingual, convexa em todas as direções, não se inclina como a vestibular.
Faces de contato: a face mesial é toda maior que a distal. Deste fato depreende-se que, no sentido horizontal, as faces livres convergem para a distal.
Face oclusal: é mais larga na borda mesial do que na distal, e mais larga na borda vestibular do que na lingual. Entende-se, pois, que no sentido horizontal as faces vestibular convergem para a distal e as faces mesial e distal, para a lingual. Sulcos secundários são comuns nas vertentes triturantes das cúspides. Terminam principalmente no sulco mésio-distal.
Raiz: as duas raízes deste dente estão sempre bem separadas uma da outra e se curvam levemente para a distal. São comprimidas mésio-distalmente e largas vestíbulo-lingualmente. A raiz mesial é a mais larga, mais longa e mais comprimida; é percorrida longitudinalmente por profundos sulcos mesial e distal, de tal forma que em secção transversa toma a forma de um 8. A raiz distal é menos sulcada e sua secção é oval.
Segundo molar inferior(37 ou 47): difere do primeiro molar inferior por ser um pouco menor e possuir quatro cúspides. A ausência da quinta cúspide provoca modificações na configuração da coroa.
Face vestibular: mostra na sua borda oclusal somente duas projeções relativas às cúspides mésio-vestibular e disto-vestibular, como são chamadas, e somente um sulco vestibular. A convergência das bordas mesial e distal para o colo é mais discreta neste dente.
Face lingual: menor que a precedente, com o sulco lingual pouco evidente.
Faces de contato: a única diferença com suas homólogas do primeiro molar é uma face distal menos convexa e sem projeção correspondente à quinta cúspide. No seu lugar aparece a concavidade da crista marginal.
Face oclusal: é nesta face onde se encontram na maiores diferenças. Seu contorno retangular é mais nítido porque as bordas, duas a duas, estão mais próximas do paralelismo.
Raízes: são um pouco menores e menos divergente do que no primeiro molar. Nem sempre seus ápices se inclinam para a distal; eles podem se encurvar um em direção ao outro. Elas têm tendência a se funcionar.
Terceiro molar inferior(38 ou 48): este dente pode ter um padrão morfológico característico tanto do primeiro quanto do segundo molar inferior. No entanto, tem uma larga diversidade de formas, as quais freqüentemente se mostram muito complicadas. Algumas dessas formas são multicuspidadas (ou multituberculadas), de arranjo muito irregular. Na grande maioria dos casos, o terceiro molar inferior tem quatro ou cinco cúspides. Mesmo assim, elas não são bem definidas, devido à presença de cristas e sulcos secundários. Quando tem cinco cúspides, a quinta cúspide é francamente distal. Sua face distal é muito convexa. Suas duas raízes, bastante curvadas para a distal, estão freqüentemente fusionadas.

terça-feira, 19 de maio de 2009

LESOES NÃO CARIOSAS

A abrasão, erosão, abfração, e suas possíveis interações, têm sido consideradas como:

As principais causas das lesões cervicais dos dentes. As lesões envolvem geralmente vários dentes, possuindo margens agudas e bem definidas (Baratieri, L.N. et al., 2001).

A prevenção e o tratamento adequados das lesões não cariosas dependem do conhecimento dos fatores causais e das características clínicas de cada tipo lesão.

A perda de estrutura dentária na região cervical pode se dar por um processo de
cárie, por abrasão, por erosão, por abfração ou o que é mais comum pela associação de
dois ou mais fatores. Essas lesões caracterizam-se por expor a dentina cervical e dão
oportunidade do aparecimento freqüente da hipersensibilidade dentinária cervical.As
medidas terapêuticas e restauradas poderão incluir ações diversas como: mudanças de
hábitos dietéticos, correção de hábitos nocivos, orientação de higiene oral, uso de
terapias dessensibilizantes, ajuste oclusal, aplicação de agentes adesivos dentinários,
recobrimento radicular por meio de cirurgia periodontal e procedimentos restauradores
que incluem inúmeros materiais e diversas técnicas restauradoras. Atualmente essas
restaurações são mais freqüentemente realizadas com sistemas adesivos, resinas
compostas, cimento de ionômero de vidro e compômeros.

A perda de estrutura dentinária na região cervical pode se dar por um processo de cárie, por abrasão, por erosão, por abfração ou pela associação de dois ou mais fatores.

Qualquer pessoa pode ter erosão dentária?

A erosão é comum em crianças e adolescentes, podendo acometer adultos. Nas crianças, a erosão surge após a administração freqüente de refrigerantes e/ou sucos de frutas naturais ou industrializados, através da mamadeira (que aumenta o tempo de contato da bebida com o dente) e/ou copo. Nos adolescentes, é resultado da ingestão excessiva de refrigerantes ou bebidas energéticas que, na maioria das vezes, são utilizados para substituir água, com o objetivo de diminuir a sede. Além disso, esportistas que ingerem excesso de bebidas energéticas (isotônicas) para repor água e eletrólitos perdidos durante as atividades esportivas podem apresentar erosão dentária. É importante ressaltar que essas bebidas, tanto sob a forma normal, diet ou light são altamente ácidas e podem causar erosão dentária.
Além dos indivíduos que têm ingestão inadequada de alimentos e bebidas ácidas, outros grupos apresentam altos risco de desenvolvimento da erosão. Trabalhadores que manuseiam produtos ácidos podem apresentar erosão, pois eles inalam a substância que está no ar. E pessoas que vomitam freqüentemente também podem apresentar dentes com erosão, pois o suco gástrico que volta para a boca é muito ácido. Desta forma, atenção especial deve ser dada ao refluxo gastresofágico e à anorexia e bulimia nervosas.

O que é erosão dentária?

A erosão dentária é outra doença que, além da cárie, compromete a saúde bucal. No entanto, até pouco tempo atrás essa alteração não havia despertado o interesse dos clínicos e pesquisadores.
A erosão dentária é um processo progressivo e destrutivo, caracterizado pela perda do tecido duro dos dentes, por ação de ácidos contidos em bebidas e/ou alimentos ou ainda provenientes do próprio organismo.
Resulta na destruição do dente, independentemente da presença de bactérias, podendo causar alterações estéticas e funcionais ou até mesmo dor.

De que maneira a erosão dentária pode acontecer?

A ingestão de produtos altamente ácidos, tais como refrigerantes, bebidas energéticas e sucos de frutas naturais ou industrializados, é a causa mais freqüente da erosão dentária. Por isso, pode-se dizer que erosão dentária é o problema de saúde bucal da sociedade moderna, decorrente de seus hábitos alimentares.
Saliente-se que a erosão é resultado do contato freqüente do ácido de alimentos e/ou bebidas com a superfície dentária. Assim, para a erosão dentária ocorrer e evoluir, a freqüência de ingestão de produtos ácidos é mais importante do que a sua quantidade. Colocar até mesmo frutas ácidas no cardápio de forma freqüente também não é recomendável.

resinas compostas

Resinas compostas são os agentes restauradores mais usados em odontologia atualmente devido as suas qualidade esteticas e mecanicas.
As propriedades esteticas e mecanicas desse materiais estão diretamente rerlacionadas com a proporção de matriz organicae particulas d cargas, sendo que quanto mais particulas de carga as mesmas tiverem melhores serão as propriedades mecanicas e quanto menor o tamanho dessa particulas melhor sera a estetica desses materiais.
As rersinas hibridas são as que melhor correlacionam a quantidade de particulas de carga com o tamanho das mesmas, sendo por isso as mais indicadas para se usar em qualquer dente e em qualquer tipo de cavidade.
As resinas nano particuladas tambem correlacionam bem a quantidade de particulas de carga com o tamanho dessas porem estas resinas tem um alto custo beneficio não sendo portanto muito utilizadas atualmente.
Todas as resinas independente da marca ou da quantidade de particulas de carga ira sofrer contração de polimerização, pois esta é uma propriedade inerente ao material, porem resinas com maior quantidade de particulas de carga e com menor quantidade de monomeros de baixo peso molecular irão sofrer uma contração de polimerização menor.
por isso é de suma importancia para o cirurgião dentista conmhecer as propriedades do material com o qual ira trabalhar para que possa usar aquele que melhor sastisfaça as suas necessidades.

resinas compostas classificação

As resinas compostas podem ser classificadas quanto ao tamanho das partículas inorgânicas; quanto ao método de polimerização e quanto ao seu escoamento.

Quanto ao tamanho das partículas inorgânicas:

Macroparticuladas:são aquelas que as partículas têm tamanho entre 15 e 100 micrometros. Podem também ser denominadas de convencionais.
Microparticuladas: são compostas por partículas de sílica coloidal com tamanho médio de 0,04 micrometros.
Híbridas: são compostas por macro e micropartículas que apresentam tamanho médio entre 1 e 5 micrometros. Estas podem ser subdivididas em:
- Micro-híbridas: apresentam uma combinação entre micropartículas (0,04 micrometros em maior quantidade) e partículas maiores (máximo 2 micrometros). O tamanho médio das partículas é entre 0,6 a 0,8 micrometros.
- Híbridas convencionais: combinação proporcional
- Híbridas condensáveis: reforçada com fibras vítreas

Quanto ao método de polimerização:
Quimicamente ativadas - apresentam uma pasta base e outra catalizadora; o material somente polimeriza após a mistura de ambas com a ativação do iniciador peróxido de benzoíla pela amina aromática terciária (p-toluidina).
Fotopolimerizáveis - apresentam fotoiniciadores ativadospor uma diquetona e somente polimerizam-se em presença de luz visível (fotopolimerizador e LED)
Duais - apresentam os dois sistemas de ativação,químico e físico (luz).

Quanto ao escoamento:
Alto escoamento (flow) – apresentam alto escoamento e são denominadas tipo flow. Possuem uma menor quantidade de carga e alta fluidez. O uso de ponteiras adaptadas às seringas desses compósitos permite sua aplicação nas cavidades.
Médio escoamento: são as resinas compostas microhíbridas e microparticuladas que são inseridas nas cavidades com auxílio de espátulas.
Baixo escoamento (condensáveis) – apresentam como principal característica uma resistência ao escoamento, mesmo com a ação de um condensador. Na realidade, possuem uma maior resistência ao escoamento e mantêm a forma por algum tempo após a inserção na cavidade antes da fotopolimerização.

resina composta composição quimica basica

Matriz orgânica: é comumente constituída pelo Bis-GMA (bisfenol-A glicidil metecrilato) ou pelo UDMA (uretano dimetacrilato). Esses componentes orgânicos constituiem a parte quimicamente ativa das resinas compostas, pois são esses monômeros que irão estabelecer ligações cruzadas no momento da polimerização, conferindo resistência ao material. Devido ao alto peso molecular, o Bis-GMA e o UDMA são extremamente viscosos à temperatura ambiente, o que dificulta a incorporação de carga à matriz resinosa. Para superar esse problema, os fabricantes adicionam diluentes à base de dimetacrilato com o objetivo de tornar o material fluido para ser utilizado clinicamente. Os principais diluentes empregados são o TEGDMA (trietileno glicol dimetacrilato) e o EDMA (etileno glicol dimetacrilato), os quais reduzem de maneira significativa a viscosidade do Bis-GMA e UDMA. Em contrapartida, a incorporação desses diluentes aumenta a contração de polimerização das resinas compostas. Além dos diluentes, o fabricante incorpora à matriz orgânica um inibidor de polimerização para garantir uma vida útil mais longa ao material. O inibidor mais comumente empregado é a hidroquinona, utilizada em quantidades inferiores a 0,1% em peso. Recentemente, foram introduzidas no mercado resinas compostas (Filtek Z250 e P60, 3M) que apresentam como matriz resinosa o Bis-EMA (bisfenol A polietileno glicol dimetacrilato), o qual segundo o fabricante, possibilita uma redução de contração de polimerização. No futuro, possivelmente os compósitos terão matriz resinosa que apresentará mínima contração de polimerização. (CONCEIÇÃO et al, 2000).
Carga inorgânica: O quartzo foi o primeiro tipo de carga incorporado aos materiais resinosos, sendo utilizado até os dias atuais. Com o aperfeiçoamento dos compósitos odontológicos, outros tipos de carga foram incorporados, como a sílica coloidal e o vidro de fluorsilicato de alumínio. O bário e o estrôncio foram também adicionados para conferir radiopacidade ao material (CONCEIÇÃO et al, 2000). BUSATO (1997) ressalta que seria bom que a fase inorgânica estivesse na maior quantidade possível na matriz porque quando são acrescentadas partículas inorgânicas diminuí-se a contração de polimerização e o coeficiente de expansão térmica, porque são dimensionalmente estáveis. Além disso conferem propriedades físicas desejáveis às resinas como rigidez superficial e maior resistência aos esforços físicos.
Agentes de união: Para que as resinas compostas apresentem um comportamento mecânico satisfatório é necessário que as partículas de carga estejam unidas de maneira estável à matriz orgânica. A união entre essa e as partículas de carga é realizada às expensas de um silano. Os silanos são moléculas que possuem a capacidade de se unir quimicamente à superfície da carga, bem como à matriz orgânica, propiciando uma interface adesiva bastante confiável. A utilização desses agentes permite que a resina composta atue como uma unidade quando submetida a tensões , as quais são dissipadas ao longo da interface adesiva criada pelo silano. A introdução destes agentes superou o antigo problema da falta de união matriz/carga, o que propiciava a formação de sítios de iniciação de fraturas, os quais comprometiam a longevidade clínica do material.
Iniciadores: São agentes que, quando ativados, desencadeiam a reação de polimerização das resinas compostas. Nos compósitos quimicamente ativados, quando as pastas base e catalisadora são misturadas, a amina terciária segmenta o peróxido de benzoíla, dando início ao processo autopolimerização. Nas resinas compostas fotoplimerizáveis o uso de luz visível com comprimento de onda em torno de 470 nm ativa a canforoquinona (iniciador), propiciando a formação de radiacis livres que irão causar a polimerização.

Veias

Veia Facial
A veia facial drena para veia jugular interna. A veia facial se inicia no ângulo medial do olho pela união de veias da região frontal, as veias supratrocleares e a veia supra-orbital; esta se anastomosa com as veias oftálmicas superior e inferior que drenam as estruturas da orbita. A veia facial apresenta algumas tributarias importantes na região oral como as veias lábias inferior e superior que drenam respectivamente os lábios superior e inferior e a veia submentual que drena a região do mento bem como a região submandibular. Se inclui as veias dorsais da língua que drenam o dorso do órgão a veia profunda da língua que drena a face inferior da língua onde é perfeitamente visível e a veia sublingual que drena o soaleo da cavidade oral. Elas também podem drenar indiretamente para veia facial ou diretamente para veia jugular interna.
Veia retromandibular é formada pela união das veias temporal e superficial e maxilar a veia se divide, inferiormente a glândula parótica. Seu ramo anterior se uni a veia facial e o ramo posterior continua inferiormente sobre o músculo esternocleidomastóideo.

Veia temporal superficial drena a parte superficial do coro cabeludo, com a veia maxilar, a veia retromandibular.

Veia maxilar
Se inicia na fossa infratemporal drenando o sangue do plexo piterigóideo próximo a artéria maxilar. Através do plexo piterigóido, a veia maxilar recebe as veias meníngea media alveolar superior posterior, alveolar inferior e outras veias de áreas supridas pela artéria maxilar, como aquelas da cavidade nasal e do palato.

Plexo pterigóideo
O plexo pterigóideo é um emaranhado de vasos anastomosados localizado ao redor dos músculos pterigóideos e que circunda a artéria maxilar, na fossa infratemporal. P plexo pterigóideo se anastomosa com as veias facial e retromandubular e impede que a artéria maxilar seja comprimida durante a mastigação.
As veias meníngeas médias drenam o sangue das meninges do encéfalo para o plexo pterigóideo e o plexo pterigóideo drena as veias das partes profundas da face desemboca na veia maxilar.
Veia alveolar superior posterior
A veia alveolar superior posterior é formada pelos ramos dentais e peridentais e drena para o plexo pterigóideo. As veias dentais partem da forame do ápice das raízes e drenam a polpa dos dentes maxilares , enquanto os ramos peridentais drenam o processo alveolar,o perodonto e a gengiva

A veia alveolar inferior é formada pela união dos ramos dentais e peridentais que drenan respectivamente a polpa dos dentes mandibulares e o preocesso alveolar, o periodonto e a gengiva correspondentes.
As veias dentais, tributárias da veia alveolar inferior, na drenagem do tecido pulpar dos dentes mandibulares, passa através dos respectivos forames do ápice.

Seios venenosos da dura-máter
Os seios venosos da dura-máter estão situados no interior da dura-máter do encéfalo, uma membrana formada por tecido conjuntivo denso que reveste a face interna da cavidade do crânio.
Veia jugular interna
A veia jugular interna drena a maior parte das estruturas da cabeça e do pescoço. Como anteriormente mencionado, a veia jugular interna não apresenta válvulas e afluentes nas regiões da cabeça e do pescoço.
A veia jugular interna se origina na cavidade do crânio, sai pelo forame jugular e recebe diversas tributárias, incluindo as veias das regiões lingual, sublingual, faríngea, bem como a veia facial.
Veia jugular externa
Ela se continua inferiormente pelo pescoço e apresenta válvulas próximo à sua desembocadura na veia subclávia.
A veia jugular externa é visível quando cruza o músculo esternocleidomastóideo; para que se possa visualizá-la melhor, pode-se distendê-la realizando-se uma ligeira compressão digital na região supraclavicular impedindo o retorno venoso.
A veia jugular anterior drena para a veia jugular externa antes de se unir aveia subclávia (ou drena diretamente para a veia subclávia).

Ramos Terminais da Artéria Carótida Externa

No interior da glândula parótida, a artéria carótida externa emite seus dois ramos terminais, a artéria temporal superficial e a artéria maxilar.
 Artéria Temporal Superficial: é o menor ramo terminal da artéria carótida externa. Emite vários ramos incluindo as artérias facial transversa e temporal média e os ramos frontais e parietais. A artéria facial transversa irriga o ducto paratireóideo e as estruturas faciais adjacentes e a artéria temporal média supre o músculo temporal. Os ramos frontal e parietal são responsáveis pela irrigação do couro cabeludo das regiões frontal e parietal.
 Artéria Maxilar: é o maior ramo terminal da artéria carótida externa. Se origina no interior da glândula parótida, contorna medialmente o colo da mandíbula e assume um trajeto anterior e superior, na fossa infratemporal. Em seu trajeto, a artéria pode estar situada superficial ou profundamente ao músculo pterigóideo lateral. Após passar pela fossa infratemporal, a artéria maxilar penetra na fossa pterigopalatina, situada posterior e inferiormente à órbita.

A artéria meníngea média penetra no forame espinhoso localizado na superfície inferior do crânio, irrigando a dura-máter do encéfalo e os ossos do crânio.
A artéria alveolar inferior se origina na fossa infratemporal e se dirige inferiormente, penetrando no forame da mandíbula e percorrendo pelo canal da mandíbula, junto com o nervo alveolar inferior.
A artéria mentual é o ramo da artéria alveolar inferior que se sai pelo forame mentual situado na superfície externa da mandíbula, geralmente próximo ao ápice das raízes do primeiro e segundo do dentes pré-molares. A artéria mentual irriga os tecidos moles do mento e se anastomosa com a artéria labial inferior.
As artérias temporais profundas anterior e posterior irrigam as partes anterior e posterior do músculo temporal e os ramos pterigóideos suprem os músculos pterigóideos lateral e medial.
A artéria massetérica irriga o músculo masseter e a artéria bucal supre o músculo bucinador e estruturas da parede lateral da boca.
A artéria alveolar superior posterior penetra nos forames e canais alveolares do túber da maxila e emite os ramos dentais e peridentais.
A artéria infra-orbital se origina na fossa pterigopalatina e pode ter sua origem em um tronco comum com a artéria alveolar superior posterior.
A artéria palatina descendente percorre inferiormente pelo canal palatino maior e emite, no palato, as artérias palatina maior e palatinas menores que emergem pelos forames de mesmo nome e irrigam, respectivamente, estruturas do palato duro e do palato mole.
A artéria esfenopalatina supre a cavidade nasal através das artérias nasais posteriores laterais e dos ramos septais posteriores. Um ramo segue pelo septo nasal acompanhando o nervo nasopalatino e se anastomosa, no interior do canal incisivo, com um ramo da artéria palatina maior.

Origem das Artérias da Cabeça e do Pescoço

As artérias carótida comum e subclávia do lado esquerdo se originam diretamente da artéria aorta; do lado direito, essas artérias são ramos do tronco braquiocefálico, que é o ramo que se origina da artéria aorta.
A artéria carótida comum tem um trajeto ascendente pelo pescoço lateralmente à traquéia e à laringe, envolta por uma bainha situada abaixo do músculo esternocleidomastoideo que contém também a veia jugular interna e o nervo vago. Ao atingir o nível da margem superior da cartilagem tireóidea, a artéria carótida comum se divide em artérias carótidas interna e externa.
A artéria subclávia tem sua origem lateralmente à artéria carótida comum. Seus ramos irrigam estruturas intra e extracranianas, mas o principal território de irrigação dessa artéria é o membro superior.

domingo, 17 de maio de 2009

Técnica Operatória de Classe 1

Abertura e forma de contorno:
~ delimita-se a área da superfície do dente que deverá ser incluída no preparo cavitário.
~ se possível, preservar as estruturas de reforço do dente.
~ para molares: fresa nº 245; para pré-molares: 330 ou 331.
~ inicialmente, é posicionada na fóssula distal com uma inclinação de 45º possibilitando um maior controle do corte, da visualização e
uma melhor refrigeração do campo operatório.Em seguida, é posicionada paralela ao eixo longitudinal do dente com movimentos para
distal e mesial, formando uma canaleta cuja profundidade corresponde à 0,5mm aquém do limete amelo-dentinário.
~ a inclinação da paredes vestibular, lingual, mesial, distal, será determinada pela própria inclinação da fresa, com o intuito de que o
esmalte permaneça suportado por tecido dentinário.
~ a fresa ao mesmo tempo que determina as paredes circundantes com suas arestas laterais, deve, com a extremidade plana, aplainar
a parede pulpar e definir os ângulos diedros de segundo grupo.
Forma de resistência e retenção:
~ podemos citar a parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo do dente.
~ os ângulos diedros deverão ser arredondados e suas paredes vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal.
~ independente da inclinação das paredes proximais, o esmalte deve estar suportado de forma ideal por dentina.
~ em locais onde há presença de pontos de cáries mais profundos na parede pulpar, não há a necessidade de aprofundar totalmente
essa parede, para englobar o tecido cariado.Com uma fresa esférica em baixa rotação, compatível com o tamanho da cárie, deve-se proceder
a remoção somente no ponto de tecido cariado, onde posteriormente sera preenchido por um material de forramento.
~ as retenções adicionais são dispensadas, uma vez que essas cavidades, por serem conservadoras, apresentam profundidade maior
que a largura da cavidade, sendo consideradas auto-retentivas.

Acabamento da cavidade:
~ preparos feitos com as fresas 245, 330, 331, dispensam as fresas de acabamento por apresentarem lâminas de corte liso.
~ o acabamento com instrumentos cortantes manuais também são dispensados, para que não haja a transformação de ângulos diedros
arredondados, em ângulos vivos.
~ o ângulo cavo-superficial deve se apresentar como uma linha contínua e uniforme, sem a realização de um bisel.

Técnica Operatória de Classe 2

Em primeiro momento, o profissional deve manter um correto posicionamento para que um procedimento seja realizado com sucesso. E uma boa posição de trabalho proporciona uma melhor visibilidade do campo operatório e postura. As posições de trabalho variam de acordo com o arco dentário e a região que se trabalha.
- Em segundo momento, devemos saber que o preparo cavitário é o tratamento biomecânico da cárie e de outras lesões dos tecidos duros dos dentes, a fim de que as partes remanescentes possam receber uma restauração.
- A ordem geral de procedimentos no preparo de uma cavidade, de acordo com Black é a seguinte:

Forma de contorno:
~ define a área de superfície do dente a ser incluída no preparo cavitário, envolvendo as áreas de cicatrículas e fissuras.
~ penetração inicial: broca ou ponta diamantada nº 245, 330, 1014 ou 1151.
~ é colocada no centro do sulco central, e em seguida a broca é movimentada no sentido mésio-distal estabelecendo a caixa oclusal.

Forma de resistência:
~ característica dada para que estruturas remanescentes e a restauração sejam capazes de resistir às forças mastigatórias.

Forma de retenção:
~ forma dada à cavidade para torná-la capaz de reter a restauração, evitando seu deslocamento.

Forma de conveniência:
~ etapa que visa possibilitar a instrumentação adequada da cavidade e a inserção do material restaurador.

Remoção da dentina cariada remanescente:
~ procedimento para remover toda a dentina cariada que permaneça após as fases prévias do preparo.

Acabamento das paredes e margens de esmalte:
~ consiste na remoção dos primas de esmalte fragilizados, pelo alisamento das paredes internas de esmalte da cavidade, ou no acabamento adequado do ângulo cavosuperficial.

Limpeza da cavidade:
~ remoção de partículas remanescentes das paredes cavitárias, possibilitando a colocação do material restaurador em uma cavidade completamente limpa.

Técnica Operatória de Classe 3

Atualmente a procura por tratamentos estéticos nas mais variadas áreas da saúde é uma prática comum na Odontologia, pois o culto ao corpo assumiu papel primordial nos padrões sociais modernos. Cada vez mais nos deparamos com pessoas buscando um sorriso mais agradável e mais bonito dentro dos padrões impostos hoje.

Baseado no senso comum estético da sociedade atual, este sorriso, do ponto de vista da odontologia restauradora, envolve diversas variáveis, entre as quais podemos citar dentes corretamente posicionados nos arcos; contorno dos zênites gengivais seguindo o padrão de normalidade; e principalmente, dentes brancos. Entre estes, a cor é o fator de maior impacto e a queixa mais freqüente quando se trata de desarmonia estética. Devemos entender que isso não é apenas vaidade e sim uma necessidade na vida social, econômica e sentimental das pessoas, pois um belo sorriso pode abrir muitas oportunidades de trabalho e relacionamento.

Na busca para suprir essa necessidade, os fabricantes de materiais odontológicos vêm, nas últimas décadas, investindo intensamente em pesquisas nesta área. A evolução e variedade dos procedimentos que levam a um sorriso não somente estético, mas que restaure a forma e função, também estão em constante desenvolvimento.

As opções vão desde um tratamento não invasivo, como o clareamento dental (RODRIGUES JÚNIOR et al.,9 2002), até a realização de restaurações diretas e indiretas, que implicam em maior desgaste de estrutura dental (BEDRAN DE CASTRO et al.2 ,2002). O importante é saber diagnosticar e planejar bem cada caso individualmente, de acordo com as possibilidades e expectativas do paciente, sabendo que muitas vezes soluções mais simples e até associação de técnicas podem ser bastante satisfatórias, sem apresentar alto custo.

O clareamento dental é uma técnica que utiliza substâncias como o peróxido de hidrogênio e o de carbamida em diferentes concentrações. De acordo com Baratieri et al.1 (2001), os peróxidos são utilizados para clarear dentes vitais e não-vitais há mais de cem anos. Para podermos indicar o clareamento dental é necessário primeiro conhecer a etiologia das alterações de cor para planejarmos o tratamento mais adequado caso a caso. Essas alterações podem ser extrínsecas (fumo, alimentos e/ou bebidas com corantes) ou intrínsecas (tetraciclina, idade).

Já a faceta direta é um procedimento clínico onde se executa pouco ou nenhum desgaste da face vestibular, geralmente dos dentes anteriores que apresentam alterações de cor e/ou forma Baratieri et al.1 (2001), que em seguida é restaurada com resina composta sendo, portanto, um tratamento conservador, de baixo custo, simples e rápido em relação à faceta indireta, pois não apresenta a etapa laboratorial.

Podem ser indicadas em dentes com grandes restaurações insatisfatórias, cáries extensas, dentes escurecidos em que o clareamento não apresentou resultado ou como no caso relatado por Worschech et al. 11 (2003) onde manchas de cor amarelo-amarronzada de dentes hipoplásicos tentaram ser removidas através da técnica de microabrasão, sem sucesso após 12 aplicações, pois as manchas eram muito profundas, sendo necessário o preparo para faceta parcial direta e restauração onde se associou uma resina composta microhíbrida para a dentina e uma microparticulada para a camada mais externa, proporcionando um melhor polimento. O posicionamento dental foi corrigido e a estética e função restabelecidas satisfatoriamente.

Os mesmos autores concluíram que em manchas profundas, a técnica da microabrasão pode não ser suficiente para alcançar resultados estéticos desejáveis, podendo ser então associados a procedimentos restauradores adesivos.

Além disso, a faceta direta é uma técnica reversível que poderá ser, posteriormente, transformada em faceta indireta de porcelana, uma vez que a resina composta pode manchar com o tempo e perder um pouco suas características iniciais. Isso dependerá do grau de escurecimento do dente, da expectativa estética do paciente, pois a porcelana apresenta melhores características (SOUZA et al.10, 2002), e da necessidade de envolver a borda incisal no preparo.

É importante ressaltar que todas estas técnicas podem ser indicadas isoladamente ou associadas como no caso de Neisse & Anhalt7 (2005) que associou o clareamento caseiro à restauração direta; ou o caso de Pfeifer et al. 8 (2004) que utilizou o clareamento dental caseiro em conjunto com resina composta pela técnica de três camadas e matriz de silicone, para correção do tamanho e forma dos dentes anteriores e fechamento de diastemas. Para recuperação estética foram empregadas resinas compostas híbridas que reproduzissem a transluscência e opalescência dos dentes. As alterações de forma e tamanho foram planejadas através de modelo de estudo, no qual se realizou o enceramento dos dentes e posterior confecção de uma matriz de silicone, que quando comparado às tiras de poliéster, ofereceu maior precisão e facilidade na reprodução anatômica da face palatina dos incisivos e caninos.
A partir do exposto, nos propomos a relatar casos clínicos estéticos onde foram associadas técnicas como clareamento caseiro e facetas diretas, clareamento caseiro e clareamento interno de dentes desvitalizados e facetas indiretas, para recuperar a harmonia estética do sorriso.

Com a evolução da odontologia adesiva, podemos utilizar cada vez mais, procedimentos conservadores, entre eles as facetas diretas em resina composta. Além disso, o clareamento dental também pode ser associado à técnica de faceta tanto direta como indireta.

Esta associação proporciona um tratamento rápido e de baixo custo, com um índice elevado de satisfação por parte do paciente, o que nos encoraja a indicá-lo.

Importante salientar que existem outras opções restauradoras para estes casos e a análise inicial é de grande importância para indicá-las da melhor maneira possível.

O resultado final demonstra que esta abordagem, além de clinicamente adequada, apresenta um grande potencial de estética, permitindo uma caracterização das peculiaridades anatômicas e ópticas dos dentes, promovendo a harmonia do sorriso.

Técnica Operatória de Classe 5

Técnica de preparo

As principais e mais comuns causas que condicionam o preparo de uma classe V são as descalcificações do esmalte que por suas características favorece a instalação do processo carioso e as lesões de origem não cariosa.
Para treinamento o preparo da cavidade classe V para materiais estéticos deve ser realizado sob isolamento absoluto, com dique de borracha. Tanto se isolam os dentes anteriores e os dois primeiros pré-molares superiores. Antes do isolamento, porem, deve-se executar uma profilaxia da superfície dentaria com taça de borracha, pasta de pedra pomes fina e água, procedendo-se a seleção de cor da resina composta que será utilizada na restauração da cavidade.

Forma de contorno

E bastante conservadora nestes casos, pois o material restaurador estéticos não tem propriedades que justifiquem a remoção de “estrutura dentaria sadia”. Por isso, e determinado um contorno cavitários com forma geométrica estética acompanhando o perfil e a silhueta das paredes, isto é , realizando a prevenção da extensão , e não a extensão preventiva.
A penetração inicial e de aproximadamente um terço da ponta ativa da broca e feita na região central com a broca cabide n° 245, colocada em ângulo de 45° com a superfície vestibular do dente no sentido distal. Em dentes naturais essa medida corresponde a 0,5mm da junção amelodentinaria.
À medida que a broca se aproxima das paredes proximais sua angulação e modificada até atingir a perpendicularidade com a superfície externa do dente. Desse modo a extremidade plana da ponta ativa da broca fica apoiada paralelamente à parede axial que esta sendo esboçada. A parede axial e formada durante os mesmos movimentos tomando-se cuidado para que ela fique convexa e acompanhe a curvatura da face vestibular do dente.

Forma de resistência

A forma de resistência não e muito critica para essa cavidade, pois a área gengival do dente não esta diretamente exposta aos esforços mastigatórios. Entretanto, a forma de resistência deve ser levada em consideração na margem do preparo, a fim de que as paredes circundantes formem um ângulo reto com a superfície externa do dente, evitando-se assim esmalte sem suporte dentinário.

Forma de conveniência

A confecção da parede axial convexa em todos os sentidos e também considerada uma forma de conveniência biológica do dente evitando assim remoção da “dentina sadia” do centro da parede axial, que protege o “órgão pulpar”.

Forma de retenção

As retenções adicionais são preferencialmente determinadas com brocas esféricas, também podendo utilizar de uma broca cone invertido, tipo roda no ângulo diedro gengivo axial, a custa da parede gengival.
Quando se utiliza uma base protetora, a retenção adicional deve ser realizada após a colocação do material de proteção. Essa área retentiva deve estender-se ao longo do comprimento total, do ângulo gengivo-axial.

Características da cavidade:

- Parede axial convexa em todos os sentidos.
- Paredes circundantes ligeiramente expulsivas
- Ângulos diedros do primeiro grupo arredondados
- Ângulos diedros do segundo grupo definidos
- Ângulo cavo superficial nítido e biselado de forma côncava
- Retenções adicionais à custa das paredes incisal e gengival.


Cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas, nas faces vestibular e lingual de todos os dentes.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Algo sobre resinas compostas

Esse post vai para você colega que simplesmente considera a resina um material que tem cor, gruda na espátula e é ativada pela luz. Antes de explicar a composição básica de um tubinho de resina, vale lembrar que a revolução começou em 1962 com BOWEN, se não fosse esse cara o mundo seria muito mais “negro” amalgamamente falando. A resina composta é formada basicamente por 3 componentes principais:

1- Matriz Orgânica
2- Partículas Inorgânicas
3- Agente de União

Você sabe qual o componente que reduz a contração de polimerização durante a polimerização?
O BIS-GMA, que é um monômero também adicionado nas resinas, devido a seu alto peso molecular. Esse alto peso molecular que cria a irritante viscosidade de algumas resinas (Grudar na espátula!), então para diminuir essa viscosidade são adicionados monômeros de baixo peso molecular como MMA, EDMA e TEGDMA. Claro que com a tecnologia de hoje varias alterações foram sendo feitas no BIS-GMA para que a qualidade de redução na contração, absorção de água tragam longevidade clínica para as restaurações. A hidroquinona também é adicionada visando à redução na polimerização prematura da resina.
Num próximo momento falarei sobre as partículas inorgânicas e seus tamanhos, que originam a classificação das resinas em Microhíbridas, Micropartículas, Nanopartículas etc.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Infecções por Bactérias

Introdução

As células bacterianas são caracterizadas morfologicamente pelo seu tamanho, forma e arranjo.
1.1) Tamanho variam de 0,3 por 0,8 ìm até 10 por 25 ìm. as espécies de maior interesse médico medem entre 0,5 a 1,0 ìm por 2 a 5 ìm.

1.2) Forma e arranjo
1.2.1) Formas de cocos (esféricas): grupo mais homogêneo em relação a tamanho sendo células
menores (0,8-1,0 ìm). Os cocos tomam denominações diferentes de acordo com o seu arranjo:
1. Diplococos: cocos agrupados aos pares. Ex: Neisseria meningitides (meningococo).
2. Tétrades: agrupamentos de quatro cocos.
3. Sarcina: agrupamentos de oito cocos em forma cúbica. Ex: espécie Sarcina.

1.2.1) Formas de cocos
4. Estreptococos: cocos agrupados em cadeias. Ex: Streptococcus salivarius, Streptococcus pneumoniae (pneumococo).
5. Estafilococos: cocos em grupos irregulares, lembrando cachos de uva. Ex: Staphylococcus aureus.
6. Micrococos: cocos que se separam completamente após a divisão celular.

1.2.2) Forma de bastonete
São células cilíndricas, em forma de bastonetes que apresentam grande variação na forma e tamanho entre gêneros e espécies. Podem variar em tamanho e espessura (longos e delgados, pequenos e grossos, extremidade reta, convexa ou arredondada). Quanto ao arranjo podem variar em :
1.Diplobacilo: bastonetes agrupados aos pares.
2. Estreptobacilos: bastonetes agrupados em cadeias.
3. Paliçada: bastonetes alinhados lado a lado como palitos de fósforo. Ex: bacilo da difteria.
4. Tricomas: similares a cadeias de bastonetes, mas com uma área de contato muito maior entre as células adjacentes. Ex: espécies Beggiatoa e Saprospira.
1.2.3) Formas helicoidais ou espiraladas Constituem o terceiro grupo morfológico sendo caracterizada por células de forma espiral que se dividem em:
1. Espirilos: possuem corpo rígido e se movem às custas de flagelos externos, dando uma ou mais voltas espirais em torno do próprio eixo. Ex: Aquaspirillium
2. Espiroquetas: São flexíveis e locomovem-se provavelmente às custas de contrações do citoplasma, podendo dar várias voltas completas em torno do próprio eixo. Ex: Treponema pallidum, Treponema denticola.


Morfologia Bacteriana – outra
Além desses três tipos morfológicos, existem algumas formas de transição. Quando os bacilos são muito curtos, podem se assemelhar aos cocos, sendo então chamados de cocobacilos (Ex: Brucella melitensis).uando as formas espiraladas são muito curtas, assumindo a forma de vírgula, eles são chamados de vibrião (Ex: V. cholerae).

2) CITOLOGIA BACTERIANA

O tamanho, a forma e o arranjo das bactérias constituem sua morfologia grosseira, sua aparência externa; a observação interna das estruturas celulares dá-nos uma idéia de como a bactéria funciona em seu ambiente. Na figura seguinte estão representadas esquematicamente diversas estruturas bacterianas:

2.1) Flagelos
Flagelos são organelas especiais de locomoção, formando longos filamentos delgados e ondulados de 3-12ìm que partem do corpo da bactéria e se estendem externamente
à parede celular. Um flagelo tem três partes: o corpo basal
(estrutura composta por vários anéis que ancora o flagelo à membrana citoplasmática), uma estrutura curta em forma de gancho e um longo filamento helicoidal.
As bactérias recebem denominações especiais de acordo com a distribuição
dos flagelos: atríquias (sem flagelo); monotríquias (um flagelo em uma das
extremidades); anfitríquias (um flagelo em cada extremidade); lofotríquias (tufo de flagelos em uma ou ambas as extremidades); e peritríquias (cercadas de flagelos).

2.2) Fímbrias
As fímbrias ou "Pili" são organelas filamentosas mais curtas e delicadas que os flagelos, presentes em muitas bactérias (especialmente Gram negativas).
Sua função parece estar relacionada com a troca de material genético durante a conjugação bacteriana (fímbria sexual), e também com a aderência às superfícies mucosas. As fímbrias podem ser removidas sem comprometimento da viabilidade celular e regeneram rapidamente.

2.3) Cápsula
Camada viscosa que constitui uma forma de proteção da bactéria contra as condições externas desfavoráveis. Geralmente as cápsulas são de natureza polissacarídea embora também possam ser constituídas por polipeptídeos. A cápsula está relacionada com a virulência da bactéria pois confere resistência à fagocitose, de modo que, em uma mesma espécie, as amostras capsuladas são mais virulentas que as não capsuladas.

2.4) Parede celular
A parede celular bacteriana é uma estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática e confere forma às bactérias. Além disso, a parede celular protege a célula, mantém a pressão osmótica intrabacteriana, impedindo o rompimento da célula devido à entrada de água. A divisão das bactérias Gram-positivas e Gramnegativas,
de acordo com sua resposta à coloração de Gram é decorrente das diferenças na composição e estrutura da parede celular.

Gram Positivas: possuem uma quantidade maior de peptideoglicano em sua parede celular, o que torna a parede dessas bactérias mais espessa e rígida do que a das bactérias Gram negativas.
Gram Negativas: a parede celular dessas bactérias é menos espessa e elas são mais complexas do que as Gram positivas por apresentarem uma membrana externa cobrindo a fina camada de peptídeoglicano.
A membrana externa é o que distingue as bactérias Gram negativas, servindo como uma barreira seletiva para a entrada e saída de algumas
substâncias da célula e podendo ainda causar efeitos tóxicos sérios em animais infectados.

2.5) Membrana Citoplasmática
A membrana citoplasmática tem espessura de proximadamente 10 nm e separa a parede celular do citoplasma. É constituída principalmente de lipídeos e
proteínas, desempenhando importante papel na permeabilidade seletiva da célula (funciona como uma barreira osmótica). Ela difere da membrana citoplasmática das células eucarióticas por:
1. não apresentar esteróides em sua composição;
2. ser sede de numerosas enzimas do metabolismo respiratório (mesmas funções das cristas mitocondriais);
3. controlar a divisão bacteriana através dos mesossomos.

2.6) Mesossomos
Os mesossomos são invaginações da membrana citoplasmática que podem ser simples dobras ou estruturas tubulares ou vesiculares.
Os mesossomos centrais parecem estar ligados ao material nuclear da célula estando envolvidos na replicação de DNA e na divisão celular.
Os mesossomos periféricos penetram muito pouco no citoplasma e não estão associados com o material nuclear. Parecem estar envolvidos na secreção de certas enzimas a partir da célula, tais como as penicilinases que destroem a penicilina.
Alguns autores associam ainda aos mesossomos o valor funcional das
mitocôndrias, atribuindo à eles papel na respiração bacteriana.

1) BARREIRAS DO HOSPEDEIRO CONTRA A
INFECÇÃO E MECANISMOS DE ESCAPE DOS
MICROORGANISMOS
Pele, mucosas hígidas e seus produtos de secreção. Por exemplo: glândulas lacrimais secretam lisozimas as quais degradam os pepitideogloicanos das paredes celulares bacterianas e protege os olhos de infecções. Suco gástrico ácido é letal par alguns patógenos entéricos; por exemplo, Vibrio cholarea não infectam os seres humanos ao menos que tenha se ingerido uma quantidade de 1011 microorganismos; mas a Giárdia é relativamente resistente ao suco gástrico, menos de 100 microorganismos são causas de infecção
.
A) Aparelho Respiratório:
Os habitantes de cidade inalam aproximadamente 10.000 microorganismos por dia incluindo vírus, bactérias e fungos. A maior parte é aprisionada na rede mucociliar do aparelho respiratório superior.
Os que alcançam a traquéia são expelidos pela tosse ou empurrados para trás em direção à boca pela ação ciliar e, depois, deglutidos e eliminados.
Apenas as partículas menores de 5 μm alcançam os alvéolos onde são atacados por macrófagos e neutrófilos. Alguns fatores podem alterar a ação mucociliar e
proporcionar a instalação de infecções (vírus e bactérias – como o Haemophilius, que paralizam os cílios; fumo, alergias e traumas).

B) Aparelho Gastrintestinal:
A maioria dos patógenos gastrintestinais é transmitida por ingestão de alimentos e água contaminados por material fecal.
Defesas normais contra os patógenos ingeridos incluem (1) suco gástrico, (2) camada de suco viscosos que recobre o trato gastrintestinal, (3) enzimas pancreáticas líticas e detergentes biliares, e (4) anticorpos IgA secretores.
Os microorganismos terão de competir por nutrientes com as bactérias comensais e há uma eliminação de microorganismos pelas fezes. As defesas podem ser enfraquecidas pela baixa acidez do suco gástrico, pela paralisação do peristaltismo e por drogas que desequilibram a flora bacteriana
.
C) Pele:
A pele é habitada por inúmeros microorganismos, incluindo alguns oportunistas potenciais, como Staphylococcus epidermidis e Candida albicans.
Esta flora rica mantém-se em equilíbrio metabólico inibindo o supercrescimento de qualquer espécie residente ou de novo patógeno virulento. O pH baixo e o conteúdo ácido gordurosos favorece as bactérias comensais em detrimento dos patógenos bacterianos. O calor e a umidade podem enfraquecer esta proteção. A maior parte dos patógenos penetra na pele após traumas, incisões, picadas de insetos ou queimaduras que expõe a derme e possibilita sua penetração.

2) DISSEMINAÇÃO DOS MICRÓBIOS
Uma vez implantados, os micróbios disseminam sobre as superfícies mucosas úmidas e quentes mais rapidamente do que a pele fria e seca. Os micróbios podem atingir os vasos linfáticos a partir de seu local de entrada, alcançando os glânglios regionais e, daí, a corrente sanguínea provocando uma bacteremia ou formação de abscessos múltiplos em locais metastáticos distantes (cérebro, rim, ossos). Algumas vezes, as principais manifestações de doenças infecciosas se dá em locais à distância da penetração do parasita – vírus da varicela que penetram pelas vias aéreas, mas suas manifestações clínicas ocorrem na pele.

3) COMO OS MICROORGANISMOS
CAUSAM DOENÇA
Os agentes infecciosos estabelecem infecção e lesão tecidual de três formas:
1. Podem estabelecer contato ou penetrar na célula hospedeira causando diretamente morte celular; 2. Podem liberar endotoxinas que matam as células à distância, enzimas que degradam componentes teciduais ou lesam vasos sanguíneos e causam necrose isquêmica; 3. Induzem respostas celulares do hospedeiro que, embora dirigidas contra o invasor, podem provocar lesão tecidual adicional, incluindo supuração, cicatriz ou hipersensibilidade.

TUBERCULOSE
Acomete cerca de 1/3 da população mundial e mata cerca de 3 milhões de indivíduos por ano – constitui a causa infecciosa mais comum de morte no mundo.
Com a introdução dos antibióticos na medicina moderna nos anos 50, houve um grande declínio de casos de morte por tuberculose no mundo. Na década de 80, com o surgimento da epidemia da AIDS, este número voltou a subir abruptamente.

Transmissão:
Os bacilos da Tb ficam no escarro úmido por meses e a maioria das infecções é contraída por exposição constante. Duas espécies de Mycobacterium causam tuberculose: o M. tuberculosis e o M. bovis. O M. tuberculosis é transmitido através da inalação de gotículas infecciosas liberadas no ar pela tosse ou pelo espiro em pacientes com tuberculose. O M. bovis é transmitido pelo leite a partir de vacas com a doença e produz inicialmente lesões intestinais e amigdalianas (pasteurização do leite erradicou este patógeno). M avium e M. intracellulare não apresentam virulência em indivíduos saudáveis, mas causam infecções disseminadas em 15 a 24% dos pacientes com AIDS.

Incidência:
Todas as pessoas infectadas correm o risco de desenvolver a doença, entretanto apenas uma pequena fração de pessoas manifestam a doença clinicamente. Em 1986 nos USA cerca de 15 milhões foram positivos para o teste de tuberculina e 22.800 tinham a doença ativa. É a 1ª doença no mundo em termos de pessoas infectadas.

Patogênese e Colonização:
O M.t. atinge os pulmões por via respiratória. Não possuem exotoxinas, endotoxinas ou enzimas histolíticas. Frações lipídicas são as responsáveis pela virulência e munogenicidade.
O “fator corda” é um complexo de lipídios e carboidratos, importante para o crescimento “in vitro”. Sem o fator corda, os bacilos não são virulentos.
Nos pulmões os bacilos são fagocitados por macrófagos. Podem se multiplicar e após 6 dias cada macrófago pode conter 2-40 bacilos.

Complexo Primário da Tb:
No primeiro contato a micobactéria causa lesão na periferia do pulmão, próximo a pleura, com áreas de calcificação. É chamado foco de Ghon. As bactérias migram para linfonodos hilares onde provocam lesões semelhantes. Estas lesões são chamadas de complexo primário. Se o hospedeiro não controlar a reação, o linfonodo pode sofrer supuração, com bactérias invadindo os pulmões (broncopneumonia tuberculosa) ou sistêmicamente, envolvendo rins, fígado e baço, desenvolvendo a T. miliar, com morte do indivíduo antes da caseificação dos tubérculos.

Tuberculose Miliar
T. miliar: disseminação pelo sangue e linfáticos. As lesões são pequenas, amareloesbranquiçadas e quase invisíveis (milho pequeno).
Alguns tecidos são resistentes a disseminação: coração, músculo estriado, tireóide, pâncreas. Locais preferidos: medula óssea, gânglios, fígado, baço, rins, supra-renais, meninges, fundo de olho (útil pela facilidade de exame).

Tuberculose secundária:
A bactéria pode ser oriunda do foco primário ou neoadquirida. Afeta o ápice do lobo superior (foco de Assmann). Há pouco envolvimento de linfonodos, devido a resposta de hipersensibilidade presente. A Tb secundária também pode ser subclínica ou evoluir para a Tb progressiva pulmonar. Eventualmente bacilos caem na circulação, causando Tb em órgãos isolados como adrenal, rins, cérebro, meninges, osso.
É diferente da T. miliar onde vários órgãos são afetados simultaneamente.

Fenômeno de KOCH:
Em 1891 Koch injetou o M.t. no subcutâneo de cobaias. Nos primeiros dez dias nada foi evidente. Posteriormente houve formação de nódulo no local injetado e os linfonodos ficaram aumentados. O animal morreu em 8 semanas. Na 4ª semana após a 1ª injeção, aplicou-se uma 2ª injeção de M.t. no subcutâneo. Em 2-4 dias houve necrose, eliminação da área injetada e cicatrização. O animal morreu de Tb devido a 1ª injeção. A evolução das alterações à 2ª injeção foi diferente porque a resposta imune já tinha se desenvolvido.

Teste de MANTOUX:
De 2 a 4 semanas após a infecção com o M.t., a sensibilização pode ser medida pelo teste tuberculínico. A proteína PPD (“purified protein derivative”) isolada do meio de cultura é injetada intradermicamente. O teste é positivo quando após 48 horas a área fica endurecida, com pelo menos 5mm de diâmetro. O teste é positivo quando do contato prévio com o bacilo, por infecção ou vacinação. Resultados falso-negativos (5%) estão associados a diminuição da resposta imune.

Vacina:
A vacina é feita de bacilos não virulentos - BCG (Bacilo Calmette- Guerin). O BCG foi desenvolvido em 1924, atenuando-se o bacilo bovino. Torna os vacinados com teste +, mas não está bem determinada sua eficácia, cuja estimativa varia de 0-80%.

AIDS e Tb:
Em aidéticos a Tb é progressiva e atípica. Pode ser causada pelo M. avium-intracellulare. A Tb é epidêmica em comunidades pobres onde HIV é comum. Há extensas áreas de necrose, pobres em células e ricas em micobactérias. O diagnóstico pode ser difícil, podendo afetar gânglios, pleura e pericárdio. Geralmente os pacientes aidéticos não respondem bem à terapêutica convencional.

Tratamento e prognóstico:
Histórico: A Tb era tratada com repouso, boa alimentação e ar puro. Em 1944 foi introduzida a estreptomicina e em 1950 a isoniazida. Na Tb sensível ao tratamento a cura ocorre em 93-98% dos casos, se o paciente completar o tratamento. Se o bacilo for resistente as chances de cura se reduzem . Cerca de 10% das pessoas com bactérias não resistentes morrem e cerca de 50% dos portadores das resistentes morrem.

Tratamento recomendado pela
OMS para Tb.:
Fase inicial (2 meses):
Isoniazida - 100mg, 3 comps/dia
Rifampicina - 300mg, 2 caps/dia
Pirazinamida - 500mg, 4 comps/dia
Etambutol - 400mg, 3 comps/dia (no caso de
suspeita de bactérias resistentes)
Fase de manutenção (4 meses):
Isoniazida - 100mg, 4 comps, 3x/semana
Rifampicina - 150mg, 4caps, 3x/semana.

Sífilis
Etiologia: Treponema pallidum Epidemiologia/Patogenia: transmissão venérea ou da mãe para o feto; Apresenta 3 fases sendo transmissível nas duas primeiras; adultos jovens; + em H .

SÍFILIS PRIMÁRIA: O treponema ao penetrar nas mucosas ou pele é levado a todos os órgãos causando infecção sistêmica pós poucas horas de exposição.
Depois de 3-4 semanas há formação de uma lesão, o cancro duro, no local de penetração, geralmente no pênis, ânus, vulva. Há formação de máculas que transforma se inicialmente em pápulas, sofrendo ulcerações e mostrando endurecimento de suas margens. Após 1-5 semanas a lesão desaparece espontaneamente; sendo que após 2-8 pode ocorrer sífilis secundária. Microscopicamente observa-se endarterite obliterante (proliferação do endotélio) e infiltrado de plasmócitos.

SÍFILIS SECUNDÁRIA
Clinicamente 4 a 10 semanas após a infecção inicial; Sintomas sistêmicos: dor de garganta, mal estar, dor de cabeça, perda de peso, linfadenopatia, febre, mialgia; “rash”
mucocutâneo difuso; Boca: áreas máculopapulares avermelhadas ou necrosadas acinzentadas (placas mucosas - 30%); língua, palato, mucosa jugal e lábio; Resolve-se espontaneamente em 3 a 12 semanas; pode reaparecer; lesões ricas em treponemas e sorologia positiva.

SÍFILIS TERCIÁRIA (TARDIA)
Após a latente, cerca de 30% desenvolvem a forma terciária; sistema cárdio-vascular
(aneurisma da aorta, hipertrofia do ventrículo esquerdo), SNC (psicose, demência, morte); osteomielite, destruição de articulações; üzonas de inflamação granulomatosa na pele, mucosa e ossos (GOMA sifilítica - lesões nodulares ou ulceradas); üboca - palato e língua (atrofia, perfuração palatina - glossite luética)

Sífilis Congênita
Transmissão materna - aborto, natimorto ou mal-formações no feto; Tríade de Hutchinson (queratite intersticial, surdez no 8º nervo e anomalias dentárias); Incisivos de Hutchinson (63% - face incisal em “chave de fenda”), “molares em amora” (65% - projeções oclusais globulares múltiplas) Queratite intersticial ocular (9%-superfície córnea opacificada - cegueira), bossa frontal (87%), maxila curta (84%), palato arcado (76%), nariz em sela (73%).

Sífilis (Lues)
HP: não é específica; ulceração, aumento da vascularização, infiltrado perivascular de plasmócitos e linfócitos; Diagnóstico: esfregaço de lesão ativa (exsudato) - microscopia (ver T. pallidum); exames sorológicos (não específicos - falso +) - VDRL, RPR - positivos nas duas primeiras fases; Tratamento: penicilina 2.400.000 UI dose única (não atua em linfonodos e no SNC); tetraciclina.

Lepra (doença ou mal de Hansen, Hanseníase)
Infecção crônica de pele e de nervos periféricos causada pelo Mycobacterium leprae.
Praticamente não afeta órgãos centrais. Acomete cerca de 15 milhões de pessoas no mundo, principalmente em países tropicais. Normalmente os pacientes morrem com a lepra e não de lepra. Caracteriza-se por um período de incubação que varia de 5 meses a vários anos, curso prolongado, lesões de pele, mucosas e inervação periférica.

Patogênese
Embora afete a pele, a transmissão da bactéria se dá pelo contato direto com perdigotos por lesões nas mucosas nasais. Não é transmitida de mãe para o feto, mas pode ser adquirida logo após o nascimento. Após a contaminação, o desenvolvimento da doença depende do grau de resistência do indivíduo, pois o M. leprae apresenta pequeno poder invasivo e baixa virulência. Existem duas formas de hanseníase, diferenciadas clínica e histologicamente:
1. Forma lepromatosa: É a forma mais grave, caracterizada por nódulos que podem desfigurar o paciente. É bastante infecciosa e pode disseminar-se por todo organismo, com comprometimento dos olhos, boca, nariz, glânglios e vísceras.
2. Forma tuberculóide: Apresenta-se como máculas eritematosas, com diminuição da sensibilidade no local, atrofia da pele e muscular. As lesões podem desaparecer espontaneamente, com cura da doença. Não é transmisível. Afeta os nervos cutâneos, mas nunca o SNC.
Nas suas formas ocorrem distúrbios da sensibilidade, sendo esta característica importante para o diagnóstico da hanseaníase, pois a anestesia é encontrada exclusivamente nas lesões dermatológicas desta doença. Os nervos periféricos constituem o ponto de eleição do M. leprae. A perda de inervação leva a perda da sensibilidade à dor, calor, frio, causando alterações na circulação, facilitando traumas e atrofias da pele e músculos, causando as mutilações características da hanseníase.

LESÕES ORAIS - 19 a 60%
700 pacientes - envolvimento facial (28%) e lesões orais (12%) (Prabhu & Daftary, 1981);
Maxila anterior, palato, úvula e língua; pápulas vermelhas, amareladas, sésseis, firmes que ulceram-se e necrosam com fibrose cicatricial; lábio - macroqueilia; Envolvimento ósseo na maxila por extensão - fácies leprosa; perfuração palatina; pode haver envolvimento do trigêmeo e do facial.
•LEPRA TUBERCULÓIDE – inflamação granulomatosa, histiócitos pitelióides, linfócitos, células gigantes multinucleadas, poucos icrorganismos
•LEPRA LEPROMATOSA - não forma granulomas, linfócitos e histiócitos em folhas (células da lepra), microrganismos abundantes.
Reação de Mitsuda
Injeta-se 0,1 ml de lepromina intradermicamente no braço. A reação à lepromina se processa medindose o diâmetro formado. Geralmente observada após 2 semanas. Reação negativa significa que o indivíduo é susceptível as formas graves da doença. Se houver formação de nódulos e até ulceração, dificilmente contrairá a doença.

Impetigo
Etiologia: Streptococcus pyogenes e/ou Staphylococcus aureus Epidemiologia/Patogenia: infecção cutânea superficial aguda; crianças jovens; solução de continuidade na pele permite a infecção; transmissível; higiene precária favorece Clínico: pele da face e extremidades; vesículas ou bolhas que se rompem deixando lesões crostosas de cor âmbar; prurido eventual DD: herpes Diagnóstico: clínico + isolamento dos icrorganismos Tratamento: antibióticos sistêmicos (clindamicina, penicilina, cefalexina, dicloxacilina).

Leishmaniose
As leishmanioses são enfermidades provocadas por protozoários do gênero Leishmania, que de acordo com a espécie podem produzir manifestações cutâneas, mucocutâneas, cutâneas difusas e viscerais. Segundo a OMS (1993), a prevalência mundial é de cerca de 14 milhões de pessoas infectadas, e a incidência anual é de 1,5 milhão de novos casos, sendo 1 milhão de formas tegumentares e 0,5 milhão de formas viscerais.

Epidemiologia
Esta alta incidência da doença com lesões desfigurantes (tegumentares) e às vezes fatais
(viscerais) levaram a OMS a incluí-la entre as seis mais importantes endemias mundiais.
A transmissão é feita por mosquito da espécie Phlebotomus. Apresenta-se sob 3 formas:
Cutânea: Leishmania tropica Mucocutânea: Leishmania brasiliensis Visceral: eishmania donovani.
Cutânea
Endêmica em áreas da Ásia. O local da picada fica inflamado, com ulceração e formação de crosta, que pode cicatrizar após alguns meses. Inicialmente há uma grande quantidade de parasitas que destroem os macrófagos por rompimento da membrana, invadindo os tecidos adjacentes. Há então acúmulo de neutrófilos, linfócitos,
plasmócitos com ulceração.

Mucocutânea
Semelhante a forma cutânea envolvendo também mucosas como boca e nariz.
Também apresenta cura espontânea. É endêmica na América do Sul.

Visceral (Calazar)
Esta forma é restrita ao homem, entretanto a forma de transmissão não está estabelecida.
É uma infecção sistêmica envolvendo o sistema mononuclear fagocitário, com espleno, hepato e linfoadenomegalia. O envolvimento da medula óssea pode acarretar
em leuco e plaquetopenia. A granulocitopenia pode levar ao desenvolvimento de outras infecções – causar de morte. Tratamento: antimoniacais: pentamidina.